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Planejamento: 5 maneiras para o professor inovar no próximo semestre

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Como oferecer, no próximo semestre, aulas mais inovadoras, atraentes e eficazes do ponto de vista de conteúdo e de engajamento dos alunos? Para ajudar os docentes nessa tarefa, o Desafios da Educação destacou cinco opções. Confira:

1. Preparar os alunos para profissões híbridas

Falar do mercado de trabalho com os alunos nunca é demais. Uma pesquisa recente da Burning Glass, fornecedora de dados sobre o mercado de trabalho dos EUA, mostrou que 25% das ofertas de trabalho em 2017 exigiu formação híbrida dos profissionais. Ou seja, as empresas buscaram uma mão de obra diversificada. Na prática, significa que um administrador, por exemplo, não podia dominar apenas as ferramentas de gestão, mas também de análise de dados. Essa nova demanda é uma vantagem e, ao mesmo tempo, um desafio. Do lado positivo, o trabalho híbrido impulsiona a criação de empregos não só em quantidade como também de maior valor agregado. O lado menos otimista, no entanto, é que essas posições exigem um conjunto de habilidades que normalmente não são ensinadas na universidade. E é aí que entra um novo desafio para os professores: planejar aulas diversificadas, que se alinhem ao que está sendo exigido no mercado de trabalho. Segundo o estudo da Burning Glass, “o ecossistema de treinamento que prepara candidatos a emprego é relativamente fraco, e essas funções normalmente não se alinham aos programas de ensino superior oferecidos”. Quem sabe agora não é a hora de virar o jogo?

Leia mais: Competências STEM: a nova fronteira do ensino e da aprendizagem

2. Aproveitar as edtechs

Já faz algum tempo que as edtechs colaboram para a qualificação das aulas. É o caso do Zaption, aplicativo que oferece aos docentes a possibilidade de adicionar elementos interativos – como imagem, texto e perguntas – a vídeos disponíveis no YouTube e no Vimeo. Além disso, a ferramenta analisa os dados dos usuários e fornece feedback aos educadores. Já o Evernote, acessível por computador e dispositivo móvel, funciona como um bloco de notas digital que armazena as informações. É possível criar listas de tarefas, que consequentemente podem ser organizadas de acordo com a prioridade e horários em que devem ser concluídas. Uma mão na roda.

3. Uso do intercâmbio virtual

Além de fonte de motivação, o intercâmbio estudantil é uma forma de reter e atrair alunos – e que pode ser um diferencial decisivo no processo de escolha da instituição de ensino superior. Mas não é somente com viagens para o exterior que uma universidade “internacionaliza” sua imagem. No meio acadêmico, se espalha a criação de aulas no modelo espelhado. A prática nada mais é do que a gerar aulas em cooperação com docentes estrangeiros que lecionam conteúdos semelhantes. “Com um mercado cada vez mais competitivo, em que a retenção está intimamente ligada à empregabilidade dos alunos, a internacionalização começa a despontar como um diferencial tanto para as grandes redes quanto para pequenas instituições”, disse Rodrigo Rodembusch, coordenador do International Office da Uniritter Laureate.

4. Prática com realidade aumentada e virtual

Que o ensino voltado à prática é uma necessidade no campo universitário, não há dúvida. Mas a pergunta ainda persiste: quais ferramentas melhoram a experiência e ajudam os estudantes a colocarem a “mão na massa”? Entre as opções que mais ganham espaço estão as tecnologias de realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV). São opções pedagógicas extras para os professores, com potencial de elevar a qualidade da prática. “As universidades estão estruturando laboratórios virtuais que servem como incubadoras para a inovação. Ou seja, as novidades estão aparecendo”, diz Pavlos Dias, gerente da Blackboard Brasil. Na RV, os alunos que vestem os óculos de imersão virtual passam por uma experiência de simulacro real em outro ambiente. Já a RA mistura elementos virtuais e reais para demonstrar certa experiência ao aluno.

Leia mais: Imersão e experiência: como a realidade aumentada e virtual contribui para o aprendizado

5. Lembre-se do blended learning

É necessário que o professor esteja preparado para trabalhar com o modelo de blended learning – o ensino híbrido. Com a ampliação do formato de ensino adaptado e personalizado, alavancado pela utilização de ferramentas virtuais no processo de aprendizagem, o papel do docente mudou e deve seguir assim nesse e nos próximos semestres. vem sendo modificado. Para o próximo semestre, esse fenômeno deve se intensificar ainda mais. Daí a necessidade de modernização do professor. Nesse caso, vale incrementar as aulas com gamificação, inteligência artificial ou outros modelos virtuais. Quem não ficar atento às novidades está sob pena de ficar para trás.

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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