EdTechGestão educacional

6 dicas para implementar o ambiente virtual de aprendizagem

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Uma parcela significativa de instituições de ensino superior (IES) ainda sofre para materializar essa percepção em experiências pedagógicas enriquecedoras. Especialmente quando o assunto é a adoção de um learning management system (LMS) – ou ambiente virtual de aprendizagem, AVA.

Ferramenta que dá suporte a metodologias de ensino presencial e a distância, o LMS requer planejamento e engajamento em diferentes níveis da IES durante sua implementação. Assim, aumentam as chances de os alunos enxergarem valor no universo acadêmico e no conhecimento que vão agregar à formação.

Para ajudar as IES nesse caminho, o Desafios da Educação lista 6 dicas:

1. Envolvimento das lideranças

Como em qualquer projeto, o apoio irrestrito das lideranças da instituição é imprescindível na adoção de tecnologias como o LMS. O engajamento é essencial, sobretudo para que a tecnologia agregue valor à cultura organizacional.

É importante que a liderança mostre sua proximidade com o projeto. E não apenas durante a implantação, mas também ao longo do desenvolvimento, deixando claro o quão estratégico o LMS é para a IES.

2. Comprometimento institucional

Mas o apoio do alto escalão por si só não basta. Para que a adoção do LMS seja consolidada, a IES deve institucionalizar o projeto, dedicando os esforços e os investimentos necessários. Isso inclui um planejamento de longo prazo, com metas estratégicas e objetivos claros.

É preciso, ainda, investir em uma infraestrutura adequada para tirar o plano do papel, oferecendo o suporte necessário para que diferentes públicos – do corpo docente aos alunos – possam usufruir do LMS.

3. Investimento em infraestrutura

O uso das tecnologias de educação se consolida, dentre outras formas, pela confiabilidade da infraestrutura. Não adianta oferecer diferente soluções educacionais se houver problemas no momento do acesso.

Não há nada que mine mais uma iniciativa de tecnologia educacional do que bugs, lentidão ou mau funcionamento. Busque parceiros que prezem pela confiabilidade de suas soluções. Isso será especialmente importante para alunos e professores mais resistentes ao uso de tecnologia.

Leia mais: Educação 4.0: como encontrar o LMS perfeito

4. Suporte adequado ao usuário

Nem todos os problemas do ambiente virtual de aprendizagem decorrem de limitações técnicas. Dificuldade relacionadas à usabilidade também podem prejudicar o processo educacional. Tanto no corpo docente quanto entre alunos, há muitos que ainda não estão suficientemente habituados ao uso de tecnologias.

Nos momentos de dificuldade, é importante que todos se sintam amparados por um suporte especializado, ágil e disponível. Isso inclui, além do apoio técnico, cursos e treinamentos – presenciais ou online.

5. Conhecimento de causa

Uma das melhores formas de promover o engajamento dos usuários é apresentar a eles, de forma prática, o tipo de resultado que podem esperar. Daí a importância de valorizar e disseminar as boas práticas e os cases de sucesso.

Identificar as experiências mais enriquecedoras, compartilhar os processos adotados e disseminar seus resultados é um estímulo àqueles que estão dando os primeiros passos no universo do LMS.

Leia mais: Learning analytics: o poder dos dados na instituição de ensino superior

6. Uso de dados para melhorias

Além de clareza nos objetivos, a IES deve desenvolver métodos e criar indicadores que permitam dimensionar o sucesso da implantação do LMS. Nesse sentido, as métricas disponibilizadas pelo próprio ambiente virtual de aprendizagem são extremamente úteis. Esse conceito é conhecido como learning analytics.

Os dados permitem, por exemplo, saber a quantidade de alunos e professores que acessa o sistema, o seu tempo de permanência e o desempenho em exercícios. A partir disso, a instituição vê o que está dando certo e o que precisa ser ajustado.

Pavlos Dias
Pavlos Dias foi responsável pela operação brasileira da Blackboard e membro do conselho editorial do portal Desafios da Educação. Atualmente é head de Inovação e Novos Negócios na Faber-Castell.

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