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Planejar, confiar, esperar: um método para integrar educação e tecnologia

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Um dos grandes desafios para quem trabalha na área da educação atualmente é saber integrar a tecnologia no processo de aprendizado, e não apenas utilizá-la como um mero instrumento. No entanto, antes de mais nada, é preciso que os alunos sintam-se à vontade com o meio digital. Para que o estudante absorva as regras desse novo meio, é preciso conhecer o seu grau de identificação com a tecnologia, pois assim a exposição desses novos princípios fará sentido para ele. A respeito disso, a professora Ginnie Pitler falou ao Edudemic sobre a escala a qual denomina “Planejar, confiar, esperar”, que identifica a posição do aluno no processo de assimilação do meio digital e traz dicas sobre como explicar o uso dessas ferramentas em cada etapa e, por fim, obter uma real confluência entre tecnologia e educação.

Educação e tecnologia hoje caminham juntas, mas é preciso que haja integração entre ambas para que ocorra uma transformação na forma de ensinar e aprender. Fonte: Human Capitalist

Educação e tecnologia hoje caminham juntas, mas é preciso que haja integração entre ambas para que ocorra uma transformação na forma de ensinar e aprender.
Fonte: Human Capitalist

Planejar: colocando as regras em jogo

Para inserir o uso de ferramentas tecnológicas em sala de aula, é preciso planejamento, para que a integração traga resultados que vão além da simples utilização de um aplicativo ou dispositivo na exposição do conteúdo. O aprendizado não deve focar na tecnologia (a não ser que essa seja a temática da aula), entretanto é preciso ter em mente que, ao primeiro contato com a nova ferramenta, o aluno precisa de tempo para explorar e compreender o novo sistema ao qual está se submetendo. Trazendo essas dicas para a realidade do ensino superior, podemos considerar que muitos alunos chegam à universidade ou retomam os estudos, tanto na educação presencial quanto no ensino a distância, sem ter familiaridade com o meio digital. O professor ou gestor deve considerar, em seu planejamento, o tempo necessário para que o estudante absorva as regras dos dispositivos online, bem como suas possibilidades, para que possa aproveitar melhor sua experiência educacional.

Confiar: uma nova fase na escala

No momento em que os alunos dominam o meio digital, é preciso acreditar que eles serão capazes de aplicar seu conhecimento sobre tecnologia em prol de uma maior performance no aprendizado. E a confiança não se limita ao estudante, é preciso que o educador confie em seu planejamento. As expectativas sobre a proficiência do aluno aumentam e, nessa fase, ele é capaz de encontrar denominadores comuns entre tecnologias, de forma a reconhecer processos que se adequam às mais diversas ferramentas. Ou seja, a partir dessa fase, a preocupação com dispositivos tecnológicos fica em segundo plano e é possível focar na temática do aprendizado, confiando que os alunos conheçam as regras do meio digital e irão aplicá-las. Mais confortáveis com o meio, os estudantes gastam mais energia assimilando o conteúdo, e não tentando descobrir como acessá-lo.

Uma vez plenamente inserido no meio digital, o estudante é capaz de utilizar a tecnologia a favor do seu aprendizado, sem compreendê-la como obstáculo ou distração.   Fonte: UA News

Uma vez plenamente inserido no meio digital, o estudante é capaz de utilizar a tecnologia a favor do seu aprendizado, sem compreendê-la como obstáculo ou distração.
Fonte: UA News

Esperar o melhor de cada um

Concluídas as fases anteriores da integração, aqui a tecnologia torna-se invisível. As bases tecnológicas do aprendizado já foram completamente absorvidas pelos estudantes e esse é o momento em que ocorre uma real transformação na educação. O novo meio não é mais um obstáculo, mas uma plataforma e um leque de possibilidades, e as expectativas sobre o desempenho do aluno aumentam. Nesse ponto, o estudante conhece as regras e é capaz de jogar com elas, criar suas próprias estratégias de aprendizado. O educador forneceu as ferramentas; o aluno escolhe quando e como utilizá-las: essa é a base do empoderamento oferecido pelos novos paradigmas da educação a partir da integração tecnológica. E esse pode ser o futuro da educação.

E você? Utiliza algum método para inserir a tecnologia em seus processos de aprendizado? Acredita que em breve todos os estudantes estarão inseridos confortavelmente no meio digital? Compartilhe sua experiência conosco e não deixe de assinar nossa newsletter.

 

 

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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