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Há uma solução global para reabrir escolas?

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Não há uma solução global: organizações defendem que os critérios para a retomada das atividades presenciais precisam ser discutidos localmente. Crédito: Reprodução/ABC News.

Não há uma solução global: organizações defendem que os critérios para a retomada das atividades presenciais precisam ser discutidos localmente. Crédito: Reprodução/ABC News.

Em todo o mundo, o distanciamento físico se mostrou a mais eficaz das ações para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. Entretanto, mesmo que as ações restritivas tenham sido eficientes, o fechamento das escolas ainda é uma questão que divide opiniões.

Um estudo publicado pela Academia Oficial de Ciência do Estados Unidos sugeriu que o fechamento das escolas pode reduzir a propragação da gripe sazonal, mas que não se pode esperar o mesmo resultado para a covid-19. Mas essa é uma exceção, porque a maioria dos estudos indica que as escolas não têm um papel relevante para a disseminação do Sars-Cov-2.

Leia mais: O retorno das aulas presenciais, em 5 pontos

Apesar das opiniões dividas, e mesmo diante do aumento de casos da covid-19, há um consenso crescente de que fechar escolas, de forma total e genralizada, é um erro. Uma reabertura gradual, segura e parcial parece o mais indicado – atendendo, especialmente, as crianças pequenas.

Mas, na prática, como reabrir as escolas? Desde o início da crise, o Desafios da Eucação publicou diversas reportagens que informam e sugerem soluções para o dilema. Confira o conteúdo do nosso Guia de reabertura das escolas aqui.

Solução global, não: local

Organizações globais defendem que os critérios para a retomada das atividades presenciais precisam ser discutidos localmente. Ou seja, que cada cidade tome as próprias decisões.

Alguns locais optam pela realização regular de testes que identificam a presença do vírus ou de anticorpos – crianças que já foram infectadas são consideradas protegidas, e portanto liberadas para frequentar a escola sem riscos para outras crianças.

Alguns países, incluindo o Brasil, adotaram as medidas mais baratas e comuns, como o uso de máscaras faciais, aulas sobre as medidas de higiene e prevenção, triagem com medição de temperatura e quantidade de alunos reduzida dentro da sala de aula.

Para decidir a melhor ação contra o vírus, conforme a realidade de cada região, suas escolas e alunos, o UNICEF, a UNESCO e a OPAS/OMS disponibilizaram o protocolo “Considerações para medidas de saúde pública relacionadas à escola no contexto da covid-19”.

O protocolo está organizado em quatro níveis. Para cada nível, há recomendações específicas sobre como e quando reabrir as escolas, e sobre os procedimentos de segurança que devem ser adotados.

O documento é mais uma ferramenta de suporte para os governos avaliarem a situação da pandemia em seus territórios, assegurando investimentos financeiros para uma retomada segura, especialmente na educação.

Leia mais: Pediatras assinam carta a favor da reabertura das escolas no Brasil

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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