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Educando o profissional do futuro

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Se existe uma pergunta que é constantemente feita por gestores da área da educação, essa pergunta é: como será a sala de aula do futuro? As constantes transformações que ocorrem no planeta estão moldando o que se espera dos estudantes e de sua atuação profissional. Dessa forma, criam-se expectativas para as instituições de ensino também, que precisam estar aptas a formar profissionais munidos de empatia e pensamentos globalizados, bem como cientes das questões que estão se firmando no mundo, especialmente no que diz respeito a questões ambientais e focadas em comunidades. Será que estamos nos empenhando para formar graduandos preparados para a realidade do planeta nos próximos anos? Por isso, o site Edutopia elencou algumas atitudes que podem ser inseridas desde já no currículo acadêmico, a fim de formar profissionais mais conscientes do mundo que os cerca.

A educação do futuro deve ser pautada por questões globais. Fonte: PGCPS

A educação do futuro deve ser pautada por questões globais.
Fonte: PGCPS

Estudo voltado para o mundo real

Uma tendência cada vez maior na educação é não apenas a aplicação do conhecimento na vida real (o que também é encorajado) como também o aprendizado a partir de situações que componham a realidade do aluno. O programa World Savy Classrooms, por exemplo, leva estudantes a refletirem profundamente e a pensar de forma criativa sobre as implicações, em sua comunidade e de forma global, de alguns fenômenos naturais ou feitos pelo homem. A cada três anos, um tema é selecionado. Em Burkina Faso, os alunos trataram sobre a seca e a desertificação. Na Bolívia, sobre questões referentes aos problemas da água. E, por fim, no Japão, os estudantes pensaram sobre tsunamis e terremotos. Embora esse programa seja voltado à educação básica, é uma ótima inspiração para o ensino superior. Essa abordagem realista e reflexiva sobre questões que fazem parte do cotidiano e da realidade do estudante podem trazer não apenas uma rica forma de aprendizado, mas soluções reais para os problemas daquela comunidade. O profissional empático não tem apenas mais chance de obter sucesso, como também uma maior predisposição para retribuir, com seu conhecimento, para o mundo.

Aprofundando as questões

Professores que encorajam a competência global em seus alunos os estimulam a ir fundo na complexidade de um tema e, após isso, criam e implementam soluções baseadas na pesquisa realizada pelos próprios estudantes. Isso faz com que os alunos desenvolvam uma apreciação tanto pelo desafio quanto pelas questões globais e locais (ou seja, também pelas peculiaridades de suas comunidades). Trazer para a sala de aula a realidade de nosso planeta, dinâmico e em constante transformação, simula o que será encontrado no mundo real, especialmente quando falamos de profissões que lidam diretamente com as mudanças globais (desde geografia até relações internacionais). Lidar com a realidade, em um ambiente desafiador, promove um grande empoderamento do estudante.

Pratique a empatia

Muitas vezes, nos preocupamos em desenvolver capacidades e talentos no estudante, mas uma característica que pode ser decisiva na formação é a empatia. Procure trazer diferentes perspectivas e muita diversidade para as discussões teóricas, a fim de que os alunos sejam capazes de conhecer pontos de vista distintos e de refletir sobre eles.

Não se esqueça da tecnologia

A sala de aula digital é responsável por reunir alunos de diferentes partes do globo em um clique. Utilize o que a tecnologia tem a oferecer, a fim de permitir ao aluno que conheça diferentes realidades e culturas. Conecte e globalize sua sala de aula. O ensino online permite ampliar o leque de desafios, pesquisas e ideias para as lições.

A internet permite o contato com alunos de diferentes culturas e países. Fonte: Study Online

A internet permite o contato com alunos de diferentes culturas e países.
Fonte: Study Online

A reflexão é necessária

Por fim, uma boa parte de se tornar um profissional responsável e globalmente capacitado é o pensamento crítico e reflexivo. Torne a reflexão sobre os temas apresentados em aula uma parte da rotina de seus alunos. Poucos professores considerariam não usar o pensamento reflexivo em sua prática, mas, muitas vezes, na ânsia de produzir, os estudantes podem deixar essa questão de lado. Reserve um tempo para o debate e para a reflexão. A Universidade de Harvard, por meio do programa Visible Thinking, tem uma rotina de atividades que promovem essa atitude e servem de inspiração.

E a sua instituição? Que medidas toma para formar um profissional do futuro, empático e atualizado com as questões globais? Divida sua experiência conosco e não deixe de assinar a nossa newsletter.

 

 

 

 

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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