Ensino Superior

O que os universitários pensam sobre a volta às aulas

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A volta às aulas é realidade em parte das instituições de ensino superior (IES). Faculdades e universidades ganharam confiança à medida que a vacinação avançou – e a pandemia começa a retroceder. A retomada das aulas e atividades presenciais tem marcado o segundo semestre de 2021.

Mas o que pensam os alunos? Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), em parceria com a Educa Insights, aponta que a maioria prefere um retorno parcial das aulas presenciais.

Pesquisa mostra que a maioria dos estudantes prefere o retorno parcial das aulas presencial.

Pesquisa mostra que a maioria dos estudantes prefere o retorno parcial das aulas presencial. Créditos: Divulgação/Unifeob

Uma pesquisa sobre a volta às aulas presenciais

O levantamento Observatório da Educação Superior: análise dos desafios para 2021 – 4ª edição constatou que 55% dos universitários (de instituições privadas) concordam com o volta às aulas presenciais. Mas apenas para alguns dias da semana e, sobretudo, nas disciplinas práticas que requerem laboratórios. Nas demais disciplinas, os estudantes preferem o ensino remoto – modelo onde as aulas são ministradas virtualmente.

Na avaliação da Abmes, muitos universitários gostariam que o ensino híbrido fosse mantido após a pandemia. “Eu acredito que o modelo híbrido seja interessante para irmos aos poucos voltando a rotina do ensino presencial”, diz Rayane Gonçalves, estudante de Jornalismo.

Considerando os estudantes que tomaram ao menos a primeira dose da vacina contra o coronavírus, 43% manifestaram que todas as aulas podem ser escalonadas; 47% disseram que apenas as práticas devem fazer parte do cronograma.

Já entre os que não foram imunizados, 34% disseram ser a favor das aulas escalonadas, com alternância de aulas presenciais e a distância. E 56% dos entrevistados são a favor de apenas aulas práticas no cronograma.

Leia mais: Com vacina e Direito EaD, captação de alunos deve aquecer em 2022

Vantagens da presencialidade

Marcela Nozawa é estudante de Medicina Veterinária no Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (Unifeob), de São João da Boa Vista (SP). Suas aulas práticas acontecem presencialmente há algum tempo. “Por mais que nem todos os alunos ainda não tenham sido 100% vacinados, senti-me muito segura ao voltar à sala de aula porque nossa faculdade está seguindo criteriosamente todos os protocolos necessários.”

A Unifeob oferece a possibilidade de estudar de forma remota para aqueles que quiserem. “Eu achei ótimo essa liberdade de deixarem escolhermos entre a volta ou não”, acrescenta Heda Nayra Bacheschi, que estuda Direito na mesma instituição. “Achei muito compreensível da faculdade neste momento em que nem todos preferem voltar.”

Na opinião de Bacheschi, há uma cultura de proteção na sociedade – como uso de máscara e limpeza das mãos com álcool em gel – que favorece o retorno ao campus. O progresso da vacinação também.

Leia mais: Universidades ampliam encontros presencias no segundo semestre de 2021

Atualmente, quase três em cada cinco brasileiros tomaram ao menos uma dose da vacina. Mais de 23% do total da população completou a imunização. Entre os profissionais da educação (professores, gestores, profissionais de limpeza e outros colaboradores), a cobertura superou os 80% no país.

Além da expansão da cobertura vacinal, o Brasil tem registrado consecutiva queda no número de internações e mortes causadas pelo coronavírus.

O atual contexto anima a comunidade acadêmica. “O reencontro com os amigos e professores causam um conforto e uma esperança de que nossa vida está voltando ao normal”, diz a futura veterinária Marcela Nozawa. É o que todos esperam.

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