Ensino Básico

10 passos para criar uma rotina de estudo com os filhos

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rotina de estudos

Os pais podem incentivar e ajudar seus filhos a botar em prática uma boa rotina de estudo. Saiba como. Crédito: Pexels.

O fim do ano se aproxima, e as provas finais também. Para evitar que os estudantes do ensino fundamental entrem em crise, os pais podem ajudar incentivando-os – e até mesmo propondo uma rotina mais eficaz de estudo. A sugestão é de Abby Freireich e Brian Platzer, fundadores do Teachers Who Tutor | NYC, em um artigo publicado no jornal The New York Times.

A criação de uma rotina de estudo, segundo os educadores, pode municiar os alunos para lidar sobretudo com um antigo desafio: o dever de casa. Aqui, o estresse tende a ser exacerbado por três fatores: a procrastinação, o sentimento de opressão e a dificuldade para reter informações. Saiba como agir diante dessas situações.

Leia mais: Em vez de ajudar, dever de casa virou um fardo aos estudantes

Quando o problema é procrastinação

1. Reduza as distrações: muitos alunos atualizam o feed do Instagram a cada frase que leem. Em primeiro lugar, os telefones nem sequer devem ficar por perto enquanto eles estudam. Os dispositivos devem ficar guardados ou pelo menos desativados, no silencioso e sem receber notificações na hora de estudar.

Isso pode significar um adolescente mal-humorado? Sim. Mas essa uma batalha que precisa ser travada. Uma dica pode ser estabelecer um local para que telefones e outros aparelhos fiquem durante a hora do estudo.

É importante que os pais deem o exemplo – deixando em alguns momentos o próprio celular nesse lugar.

2. Rotina: os alunos, principalmente os mais novos, prosperam quando têm acesso a uma abordagem regrada no dever de casa. Indique-os a seguir os mesmos passos e a estudar sempre no mesmo horário.

Para alunos sobrecarregados

3. Planejar com antecedência: a rotina de estudo dos alunos deve incluir a divisão de tarefas grandes em blocos mais gerenciáveis. A partir disso, é preciso planejar considerando o prazo. Uma dica é registrar em um calendário o que é necessário fazer, tendo uma data de conclusão para cada tarefa. Quanto mais os alunos praticam o planejamento, mais rápido se tornam autossuficientes.

4. Comece pela tarefa mais difícil: o instinto da maioria é concluir primeiro as tarefas mais fáceis. O ideal, no entanto, é o contrário. Quando os alunos pegam as tarefas mais fáceis primeiro, ao chegar nas mais difíceis já será tarde e a energia já estará lá embaixo. Incentive os estudantes a dedicar atenção e energia primeiramente às tarefas mais exigentes.

5. Crie estimativas de tempo: os alunos devem estimar quanto tempo levará para fazer cada tarefa e desenvolver um cronograma de acordo com isso. Mesmo que a estimativa não dê muito certo, o processo de pensar no tempo permite que eles internalizem a melhor forma de executar as tarefas, dando a eles uma melhor noção de quanto tempo as futuras atividades levarão. Se os mais novos não tiverem muita noção de tempo, os pais podem ajudá-los a montar o cronograma e a gerencia-los.

Leia mais: O impacto do sono (ou da falta dele) no processo de aprendizagem

Como reter informações

6. Usando abordagens cumulativas: quando os alunos se deparam com vastas faixas de conteúdo, pode ser difícil lembrar de tudo. Aqui, a dica é memorizar as informações em etapas. Sugira que o material seja dividido em uma série de partes distintas, com base na quantidade de tópicos e de dias que o aluno têm para estudar até a avaliação.

Para uma prova de História, por exemplo, divida o material de estudo em três seções. O primeiro dia é reservado ao estudo da seção 1. O segundo dia à seção 2. Use o terceiro dia para revisar as seções 1 e 2, antes de passar para a seção 3 no dia seguinte. Dessa forma, quando os alunos chegam à seção 3, a chance de esquecerem o que aprenderam na primeira seção é menor.

Essa abordagem cumulativa reforça a retenção do conteúdo através da revisão e da repetição.

Leia mais: Recuperação de informações: a importância da memória na aprendizagem

7. Resumos com listas concisas e palavras-chave: um grande bloco de texto em uma folha de estudo pode ser difícil para os alunos absorverem e memorizarem. O melhor é eles dividirem os parágrafos e até mesmo as frases em tópicos, destacando palavras-chave e, em seguida, criando o próprio dispositivo mnemônico. Aqui, podem ser esquemas, símbolos ou palavras relacionadas.

Às vezes, as mnemônicas que parecem mais “idiotas” são as mais efetivas.

8. Recursos visuais e narrativas: na rotina de estudo, alguns alunos podem sintetizar melhor as informações quando criam gráficos ou outros elementos visuais. Em vez de escreverem vários parágrafos com informações sobre como uma célula funciona, por exemplo, os alunos podem apresentar os mesmos dados de forma otimizada através de um gráfico.

Os elementos visuais destilam e organizam várias fontes (partes de uma célula) de acordo com o mesmo conjunto de critérios (forma, função, localização), criando uma categorização bem mais fácil de memorizar.

Outros alunos preferem narrativas que vinculam ideias ao seu contexto. A maioria dos estudantes prospera quando essas duas abordagens são usadas simultaneamente.

Leia mais: Os 10 princípios da aprendizagem visível

9. Escrito à mão: pode parecer antiquado, mas escrever as informações, ao invés de digitá-las, é bem mais benéfico para a memória. Mas caso escrever o material à mão se torne muito oneroso, os alunos devem criar e digitar a própria folha de estudo em vez de copiar a de um colega.

10. Quanto estudar? Alguns alunos acreditam que nunca estarão preparados, mesmo depois de horas de estudo. Outros mal abrem um livro e declaram que terminaram o estudo. A melhor maneira de saber se o tempo acabou é quando os alunos são capazes de executar a tarefa que lhes será solicitada na prova, na redação ou em alguma avaliação. O melhor passo é realizar testes práticos, baseado nas anotações de aula, nos temas de casa e nos guias de estudo.

Leia mais: O papel da família no letramento e na alfabetização

Redação Pátio
A redação da Pátio – Revista Pedagógica é formada por jornalistas do portal Desafios da Educação e educadores das áreas de ensino infantil, fundamental e médio.

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