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Gestores de governos estaduais e municipais estão quebrando a cabeça para definir estratégias de ensino e aprendizagem em tempos de pandemia , quando a maior parte das escolas segue fechada.
Sem perspectiva para voltar a aglomerar estudantes em salas de aula, secretários e coordenadores reconhecem que a educação a distância é uma opção lógica para dar andamento ao ano letivo. Mas, diferentemente do setor privado – que aderiu em massa a plataformas de aprendizagem conectadas à internet –, a rede pública apela para a boa e velha TV.
Ao menos essa é a ideia que vigora em estados como São Paulo, Espírito Santo e Sergipe, além do Distrito Federal. E, para fazer dar certo, essas unidades da federação recorrem ao Amazonas , que há 10 anos oferece teleaulas para alunos do ensino fundamental e do ensino médio.
Maior estado do Brasil em extensão, o Amazonas é tão grande que os nove estados do Nordeste quase caberiam, somados, dentro da sua área 1,5 milhão de quilômetros quadrados. Apesar da vastidão, são apenas 62 municípios – muitos de difícil acesso ou que cuja população está espalhada por comunidades ribeirinhas.
Professores gravam aulas para TV no Amazonas. Crédito: Seduc/AM.
Essas particularidades fizeram com que o Amazonas desenvolvesse nos últimos dez anos um centro especializado em conteúdos escolares televisivos , com sete estúdios e uma equipe técnica de mais de 100 professores para atender cerca de 40 mil alunos.
Agora, as teleaulas serão transmitidas para 4,3 milhões de alunos . Segundo o jornal Folha de S. Paulo , o número ainda pode crescer, já que parcerias também estão sendo feitas com redes municipais de ensino. Os convênios são firmados sem cobrança.
Além de disponibilizar aulas em canais abertos de televisão (por meio da TV Encontro das Águas), o projeto Aula em Casa também fornece conteúdo para alunos da rede pública de ensino estadual e municipal através de site e aplicativos – onde é possível assistir novamente as aulas e acessar orientações e exercícios.
O projeto contempla alunos do 1° ano do ensino fundamental até o 3° ano do ensino médio. Também conta atividades orientadas para a educação infantil.
Para assistir as aulas na TV , os estudantes sintonizam em um dos quatro canais da TV Encontro das Águas – de acordo com os horários estipulados pela Secretária de Educação.
Cada canal possui uma programação de acordo com um nível escolar. O canal 2.4, por exemplo, transmite aulas para todo ensino médio. O canal 2.2 se divide: de manhã aulas para o 6° ano; à tarde, para o 7° ano.
Crianças e jovens de escolas da rede pública do Amazonas estão tendo aulas pela TV. Crédito: Seduc/AM.
As aulas pela TV são uma alternativa no mínimo interessante em meio a pandemia do novo coronavírus . Vale lembrar que, segundo o IBGE, 96,4% dos lares brasileiros têm aparelho de televisão.
A partir dessa informação, a Fundação Lemann está desenvolvendo ferramentas digitais e parcerias com 30 emissoras de televisão , como a TV Legislativa e a TV Justiça. A ideia é que os canais criem uma grade de horários com aulas durante o período de quarentena para alunos que não tem acesso à internet ou computador em casa.
Projeto de aulas pela TV também ocorrem no Maranhão e no Paraná.
Nos estados com convênio firmado com o Amazonas, o rendimento dos alunos será medido através da audiência dos canais de transmissão e por plataformas desenvolvidas por cada estado, onde os estudantes podem tirar dúvidas sobre as disciplinas e fazer exercícios.
O Secretaria de Educação do Amazonas ressalta que não é possível garantir o acompanhamento de todos os alunos. Mas afirma que o conteúdo transmitido pelas teleaulas será usado no cálculo das 800 horas letivas anuais.
Por Redação Pátio
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