Como fazer a curricularização da extensão no EAD? A UCPel explica

Renata Cardoso • 28 de novembro de 2022

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    Colocar em prática a união – ou melhor, a indissociabilidade – entre ensino, pesquisa e extensão costuma ser um desafio para muitas instituições de ensino superior (IES).

    A partir de janeiro de 2023, no entanto, obrigatoriamente, a teoria e a “mão na massa” terão que caminhar juntas em pelo menos 10% da carga horária de qualquer curso de graduação.

    A chamada curricularização da extensão – ou seja, trazer para dentro da grade dos cursos atividades práticas envolvendo a comunidade no entorno das IES – já é uma realidade na Universidade Católica de Pelotas (UCPel), no Rio Grande do Sul. Inclusive, nos cursos de educação a distância (EAD).

    UCPel, no Rio Grande do Sul, busca formação integral dos estudantes unindo teoria e prática em atividades extensionista nos cursos EAD desde 2021. Créditos: UCPel.

    Vantagens da curricularização da extensão

    Na UCPel, em 2021 os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs) foram reorganizados e a curricularização da extensão foi sendo inserida nos Projetos Integradores da instituição.

    “Esse trabalho foi amplamente discutido no Núcleo Docente Estruturante (NDE) e no colegiado dos cursos para que acontecesse de forma naturalizada e focada da melhoria da formação dos estudantes”, explica a diretora de educação a distância da IES, Patrícia Haertel Giusti.

    Ela conta que as práticas extensionistas aproximam os estudantes da realidade do mercado de trabalho , oferecendo a oportunidade de conhecer cenários variados e situações de atuação profissional a partir do relacionamento com as pessoas.

    Entram nessa lista a necessidade de lidar com a expectativa do “cliente”, a construção de planejamento, a distribuição das tarefas, a necessidade de ter proatividade, liderança e espírito de equipe.

    “Hoje, estamos em atuação em várias áreas, atendendo demandas dos órgãos como o Hospital Universitário São Francisco de Paula, Centro da Criança São Luís Gonzaga e Instituto de Menores Dom Antônio Zattera, além dos parceiros conveniados com a universidade”, conta Giusti.


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    Como começar

    Na UCPel, o processo ocorre a partir do planejamento feito pelo NDE do curso, no semestre anterior a execução. Para receber, organizar e distribuir as atividades, a universidade conta com uma plataforma especifica chamada UCPel+ , que funciona através do sistema Link.

    Trata-se de uma ferramenta que opera como um repositório de demandas, além de contemplar todas as fases de um projeto até a sua apresentação final.

    “O Link tem sido um parceiro da inserção e da experimentação da curricularização da extensão nos cursos EAD na UCPel. Constantemente, mostramos o software para que fique como um espaço aberto de relacionamento com a nossa comunidade em geral”, pontua a gestora.

    Por meio do sistema, além da comunidade registrar suas solicitações, é possível analisar as demandas para determinar se de fato elas podem ser realizadas por meio de uma intervenção extensionista e as distribuir para os alunos.

    Passo a passo

    Depois de definida a demanda que será trabalhada pelos estudantes no semestre, entram na conversa os demandantes – equipes das empresas, ONGs, entre outros – para alinhamento das expectativas. Só então o desafio é colocado em operação.

    Durante a execução, os alunos desenvolvem várias atividades, relacionam o aprendizado teórico com a prática profissional e aprendem habilidades para além das estabelecidas no âmbito técnico. Ao final da execução, é feita uma entrega aos demandantes através de apresentações do produto.

    Seja qual for o modelo de ensino, a curricularização da extensão oportuniza um contato maior com a comunidade, colegas e professores – algo ainda mais valorizado na EaD. Um diferencial da UCPel é que, em cada semestre do curso, todos os estudantes possuem atividades vinculadas a curricularização da extensão, garantindo que todos participem dos projetos, que são os mais variados possíveis.

    Para os envolvidos, os ganhos são evidentes.  “Os alunos expressam o quanto o projeto auxilia na sua formação técnica, no entendimento do conteúdo desenvolvido nas disciplinas e ainda ressaltam a sensação de satisfação com as entregas. No diálogo com os coordenadores e professores, isso também fica evidente, uma vez que percebem o aprendizado e a formação integral do estudante sendo aprimorada a cada projeto realizado”, finaliza Giusti.


    Por Renata Cardoso

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