Além de impulsionar o crescimento da educação a distância (EaD), a pandemia causou diversos outros impactos no ensino. Um deles foi o aumento do interesse por graduações na área da saúde, como o bacharelado em Biomedicina.
Em 2021, a pedido do portal Desafios da Educação , a consultoria Educa Insights fez um levantamento , com base no Censo da Educação Superior, dos cursos que apresentaram maior crescimento percentual em matrículas no Brasil. A Biomedicina EaD teve alta de 281% nas matrículas entre 2017 e 2019 . Essa tendência se confirmou em 2020, quando foi registrado um aumento de 190% no ingresso de alunos em comparação com o ano anterior.
Entenda por que a Biomedicina bombou na modalidade EaD
Depois disso, a modalidade passou por mudanças regulatórias que afetaram diversos cursos, especialmente os da área da saúde . Mesmo assim, a procura pela graduação no formato EaD persiste, trazendo à tona uma dúvida: ainda é possível cursar Biomedicina a distância?
Antes de responder a essa pergunta, primeiro vamos entender o que significa ser um biomédico ou uma biomédica — e quais as oportunidades para esses profissionais no mercado de trabalho.
A Biomedicina é uma área de conhecimento voltada para o estudo das doenças humanas, incluindo suas causas, diagnósticos e possíveis tratamentos, a partir de uma abordagem científica e laboratorial. Ela combina conceitos de Biologia e Medicina , com tecnologias avançadas para promover o bem-estar e o combate a enfermidades.
A graduação dura, em média, oito semestres. Durante esse período, os estudantes têm a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos em diversos campos, com ênfase em biotecnologia, diagnóstico e pesquisa clínica.
O grande interesse pelo curso pode ser atribuído a seu amplo mercado de trabalho. De acordo com o Conselho Federal de Biomedicina do Brasil, existem mais de 30 habilitações nas quais esses profissionais podem atuar.
Em 2023, o Ministério da Educação (MEC) publicou uma portaria suspendendo os processos de credenciamento para novos cursos EaD de diversas áreas — entre elas, Biomedicina. A alegação é de que havia necessidade de elaborar uma regulamentação mais específica para eles na modalidade.
Desde então (e com a implementação de outras medidas restringindo a criação de novas vagas e polos a distância), o curso de Biomedicina teve sua ascensão, de certa forma “freada”. Mesmo assim, o interesse pela área continua alto.
Para as instituições de ensino superior (IES), a solução foi ofertar vagas no formato semipresencial (ou híbrido). Dessa forma, elas conseguem contemplar o interesse dos alunos por uma formação parcialmente online, ao mesmo tempo que atendem às exigências do MEC para a formação desses profissionais, oferecendo uma experiência laboratorial in loco.
Uma dúvida muito comum entre as pessoas interessadas em cursar Biomedicina é: quais instituições oferecem essa graduação com flexibilidade e qualidade ao mesmo tempo?
Para ajudar os estudantes com essa decisão, o Desafios da Educação listou seis dos melhores cursos de Biomedicina disponíveis na modalidade semipresencial. A relação foi elaborada com informações do Cadastro e-MEC e do Ranking Universitário Folha 2024.
A partir desses dados, referentes à qualidade acadêmica, foi feita uma consulta aos sites das IES mais bem posicionadas para verificar a disponibilidade dos cursos atualmente. Outro ponto levado em consideração foi a quantidade de polos a distância oferecidos.
Conhecida por seus laboratórios modernos, a Universidade Paulista tem um dos cursos mais bem conceituados de Biomedicina do Brasil. No portal da instituição, está disponível a modalidade flex — ou seja, parte do curso é ministrado em sala de aula. A Unip tem diversas unidades espalhadas por São Paulo (capital e interior), além de campi em Brasília, Goiânia e Manaus. As mensalidades nesse formato custam a partir de R$ 514,00. Mais informações aqui.
Sediada em Maringá (PR), a Universidade Cesumar oferece curso de Biomedicina EaD. Na prática, porém, se trata de uma graduação híbrida, já que os alunos têm aulas online, ao vivo e gravadas, e práticas presenciais nos laboratórios de seu polo de apoio. A UniCesumar conta com campi em outras cidades do Paraná e do Mato Grosso do Sul. Já no ensino a distância, são mais de 1.000 polos distribuídos em todos os estados. O valor da mensalidade varia conforme a localização, mas, em média, fica entre R$ 350,00 e R$ 400,00. Mais informações no site da IES.
Com quatro campi em São Paulo e 450 polos EaD espalhados pelo Brasil, a Universidade Santo Amaro é mais uma boa opção para quem prefere cursar Biomedicina na modalidade semipresencial. Em seu site, a IES não divulga cifras, mas disponibiliza um formulário para quem quiser saber o valor do investimento. O site Guia da Carreira aponta que as mensalidades custam a partir de R$ 254,17, dependendo do polo escolhido.
A Universidade Estácio de Sá é um dos maiores grupos educacionais do País. Com sede no Rio de Janeiro, possui mais de 90 unidades e 1.000 polos de educação a distância. Além da modalidade presencial, seu curso de Biomedicina é oferecido em outros dois formatos: flex e semipresencial. A diferença entre eles é que o primeiro consiste na combinação do digital com a vivência dos laboratórios virtuais, enquanto o segundo oferece uma experiência prática in loco. Para saber o valor exato do investimento, é preciso preencher um formulário no site. Segundo o Guia da Carreira, a mensalidade parte de R$ 238,96.
O Centro Universitário Leonardo da Vinci, mais conhecido como Uniasselvi, conta com 19 unidades em Santa Catarina e no Mato Grosso, além de 1.000 polos a distância. Seu curso de Biomedicina EaD também é no formato híbrido: o acadêmico tem aulas online e presenciais, com pelo menos um encontro in loco por semana, aumentando para dois no segundo módulo. Conforme o site da IES, a mensalidade custa a partir de R$ 249,00.
Outra IES de Maringá, no interior paranaense, a Uningá se destaca por oferecer o curso de Biomedicina tanto no formato semipresencial quanto a distância. A instituição disponibiliza um laboratório de análises clínicas próprio para estágios voltados para os alunos do 4º ano. Ao se referir ao curso EaD, a Uningá destaca que a flexibilidade e a comodidade de estudar em casa são inegáveis, mas, para um aprendizado completo, é necessário participar das aulas práticas, nos finais de semana, sob agendamento prévio. A mensalidade no semipresencial é de R$ 571,03, enquanto a do EaD custa R$ 591,49.
A opção por um curso ou outro implica avaliar diversas necessidades acadêmicas, profissionais e pessoais. No vídeo abaixo, a biomédica Jaqueline Almeida fala sobre que critérios levar em conta na hora de optar por uma graduação em Biomedicina EaD.
Por Redação
Gostou deste conteúdo? Deixe seu comentário abaixo ou compartilhe com seus amigos!
MAPA DO SITE