Educação técnica na América Latina e no Brasil: desafios e oportunidades para a prática

Redação • 3 de dezembro de 2025

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit

Acompanhe

    O ano de 2025 trouxe mudanças de impacto para a educação brasileira. A publicação do marco regulatório da EaD redefiniu a forma como as instituições de ensino superior (IES) devem ofertar atividades práticas, exigindo presencialidade mesmo em modelos híbridos ou a distância.

    Mas o Brasil não está sozinho nessa. Na América Latina, diferentes países estão revisando suas legislações ou discutindo novas formas de garantir qualidade em cursos nos quais o domínio da técnica é primordial para a formação do estudante.


    Seja qual for o cenário, o desafio é semelhante: como assegurar uma prática consistente sem tornar os custos proibitivos, especialmente em regiões de alta desigualdade estrutural?

    Neste texto, o portal Desafios da Educação  apresenta um panorama objetivo sobre o futuro do ensino técnico na América Latina e explica por que a adesão a maletas e kits didáticos deve moldar o setor nos próximos anos.


    Brasil: prática presencial obrigatória


    Desde a publicação do marco regulatório da EaD, em maio de 2025, o Brasil vive uma profunda reconfiguração da educação híbrida e a distância. Conforme as novas regras, todos os cursos precisam garantir práticas presenciais auditáveis.


    Isso significa que modalidades antes fortemente apoiadas em atividades remotas agora precisam assegurar uma carga horária mínima in loco registrada, supervisionada e alinhada ao currículo. É uma proposta que busca, segundo o Ministério da Educação (MEC), melhorar a qualidade da formação.


    Se por um lado a regulamentação trouxe mais transparência ao sistema, por outro, expôs um problema: a maior parte dos polos não conta com a infraestrutura física ideal para isso. Montar, manter e atualizar laboratórios e equipamentos em dezenas (ou centenas) de unidades é custoso, tanto financeira quanto logisticamente.


    É nesse ponto que as maletas didáticas surgem como uma alternativa viável, pois são soluções portáteis que permitem cumprir a normativa sem transformar cada polo em um laboratório permanente. Desse modo, ajudam a reduzir custos, deslocamentos e desigualdades de acesso.


    México: o peso do RVOE


    O México conta com uma das regulamentações mais rígidas da América Latina. Um curso de graduação só pode ser oferecido mediante a obtenção do Reconocimiento de Validez Oficial de Estudios (RVOE) junto à Secretaría de Educación Pública (SEP). Para tanto, a IES precisa oferecer uma infraestrutura adequada, incluindo “instalações especiais” para atividades práticas, conforme descrito nos requisitos formais da SEP.

    Além disso, o Ministério da Educação Pública disponibiliza ao público
    uma lista de instituições privadas e programas educacionais com RVOE em todas as suas modalidades. O objetivo é que a informação ajude os estudantes na hora de escolher uma IES para realizar seus estudos de ensino superior.


    O forte peso da infraestrutura no processo regulatório faz com que as maletas didáticas sejam particularmente úteis para as universidades do México. A portabilidade permite que elas ampliem sua capacidade de prática aplicada sem depender de novos espaços físicos, evitando a perda do RVOE e garantindo a competitividade dos cursos.


    Um ponto adicional relevante no caso mexicano é o peso da diversidade populacional: o país possui a maior população indígena da América Latina em números absolutos, distribuída por regiões amplas, rurais e, muitas vezes, de difícil acesso. Essa característica torna ainda mais importante a existência de soluções que permitam ampliar a oferta de práticas acadêmicas em territórios onde montar laboratórios fixos é caro ou impraticável.


    Peru: foco em segurança e acessibilidade


    A Superintendencia Nacional de Educación Superior Universitaria (Sunedu) é responsável pelo licenciamento institucional e pela verificação de Condições Básicas de Calidad (CBC) no Peru. A legislação mais recente foi disponibilizada ao público por meio de guias práticos em novembro de 2024. No que se refere à infraestrutura física, ela exige a existência de ambientes, equipamentos e recursos adequados para garantir condições de segurança e acessibilidade.


    A legislação peruana reforça o princípio de que nenhuma universidade pode oferecer programas profissionais ou técnicos sem comprovar que dispõe dos ambientes formativos necessários — requisito central tanto no licenciamento inicial quanto nos processos de supervisão e fiscalização periódica conduzidos pela Sunedu.


    Assim como ocorre em outros países da região, muitas IES são situadas em áreas indígenas e enfrentam desafios para instalar e manter laboratórios completos. Nesse contexto, as maletas didáticas ajudam a ampliar a capacidade de ensino prático, oferecem mobilidade para atividades em diferentes sedes e facilitam o cumprimento das CBC durante auditorias e inspeções.


    Microcredenciais e a prática auditável


    Um movimento regional que influencia fortemente a educação técnica é a expansão das microcredenciais. Em países como Argentina e Chile, o ensino híbrido avança justamente nesse modelo, que consiste em:


    • Atividades práticas aplicadas;
    • Certificações por competência;
    • Módulos flexíveis e de rápida implementação.

    Em 2024, a Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) mapeou mais de 120 iniciativas em nove países em seu relatório Panorama de las Microcredenciales en Educación Superior en Iberoamérica.

    O estudo aponta duas tendências importantes:


    1. Microcredenciais são crescentemente híbridas, com uma parte teórica digital e outra prática presencial;
    2. Falta padronização entre países e instituições, especialmente em relação à validação de prática real.

    No caso da Argentina, o tema fez parte da agenda de trabalho do Plenário do Conselho Interuniversitário Nacional, em setembro de 2023. Na ocasião, reitores de diversas IES assinaram um documento com pontos de mudança e avanços no sistema universitário que, de modo geral, indicam uma clara orientação para a incorporação de novas formas de ensino  e o desenho por competências, com menção expressa às microcredenciais.


    “Hoje em dia, o mercado de trabalho requer a introdução de estratégias de formação que motivem a atualização permanente dos profissionais, como as microcredenciais. Estas permitem acreditar, em curto prazo, competências necessárias para a atenção da população e, ao longo da vida profissional, facilitam a incorporação e a transitabilidade por diferentes espaços laborais”, diz o texto.


    A situação é semelhante no Chile, onde ainda não existem normas orientadas para uma política pública de promoção das microcredenciais — embora haja evidência de programas que apoiam iniciativas institucionais a esse respeito.


    A partir dessa realidade, as maletas didáticas portáteis tornam-se um recurso estratégico. Com elas, as IES podem:


    • Registrar a prática individual de forma padronizada;
    • Acoplar experimentos modulares às microcredenciais;
    • Realizar atividades presenciais sem depender de laboratório fixo.


    Diferentes países, desafios semelhantes


    Apesar das diferenças regulatórias, os países da América Latina têm algo em comum quando o assunto é educação a distância. Em outras palavras, todos precisam resolver uma equação que envolve a ampliar a prática presencial em um cenário de baixa capacidade de expansão de infraestrutura física.


    A boa notícia é que as maletas e kits didáticos da Plataforma A estão disponíveis não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina, onde têm se revelado uma oportunidade para democratizar a prática educacional com fácil implementação.

    São equipamentos compactos que oferecem vantagens alinhadas às demandas regionais, como:


    • Escalabilidade real - Uma IES no México ou no Peru pode atender múltiplos polos ou sedes sem multiplicar laboratórios completos. No Brasil, onde os polos costumam ser dispersos, o ganho é ainda maior.
    • Custo reduzido - Construir um laboratório completo pode custar uma verdadeira fortuna. Uma maleta portátil representa apenas uma fração desse valor — e pode ser utilizada por múltiplas turmas, em vários turnos e cursos.
    • Padronização - Uma das maiores dificuldades da educação técnica na América Latina é garantir que todas as unidades ofereçam uma experiência prática padronizada. Com kits e maletas didáticas, estudantes em Manaus, Puebla, Lima ou Córdoba podem realizar exatamente o mesmo experimento.
    • Flexibilidade regulatória - Seja para atender à presencialidade obrigatória no Brasil ou aos requisitos de qualidade como RVOE e Sunedu, a portabilidade permite cumprir normas sem depender de grandes obras ou instalações fixas.
    • Atualização rápida - Enquanto laboratórios tradicionais equipamentos caros e manutenção constante, maletas podem ser atualizadas ou substituídas com rapidez, mantendo a relevância e acompanhando a evolução tecnológica.

    

    Conheça as maletas didáticas da Plataforma A 

    A América Latina caminha para um modelo híbrido em que teoria, simulação e prática coexistem. Seja no Brasil, com sua regulação mais rígida, ou em países com modelos mistos e microcredenciais em expansão, o caminho é o mesmo: menos infraestrutura fixa, mais prática de verdade. O futuro da educação técnica depende disso — e, pela primeira vez, cabe dentro de uma maleta.


    Para saber mais sobre as maletas didáticas da Plataforma A, basta clicar aqui para solicitar nosso catálogo completo.


    Leia também: Como as maletas didáticas portáteis transformam o ensino técnico no Brasil e na América Latina

    Por Redação

    Gostou deste conteúdo? Compartilhe com seus amigos!

     Categorias

    Ensino Superior

    Ensino Básico

    Gestão Educacional

    Inteligência Artificial

    Metodologias de Ensino

    Colunistas

    Olhar do Especialista

    Eventos

    Conteúdo Relacionado