

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit
Parte ensino presencial, parte a distância: eis a premissa do ensino híbrido. O modelo proporciona a professores e alunos uma nova dinâmica para o processo de ensino e aprendizagem.
Além de entender as diferenças entre as duas categorias de ensino híbrido, veja um passo a passo para implementá-lo em sua instituição, cases de sucesso e ferramentas que serão tendência em um futuro breve.
É muito comum estudantes terem a seguinte dúvida: escolher a Educação a Distância (EaD) ou o modelo presencial? Principalmente em um momento desafiador como é o caso da pandemia do novo coronavírus.
Cada uma das modalidades tem suas vantagens. Mas e se for possível juntar o que eles oferecem de melhor em termos de ensino e aprendizagem? É o que propõe o método híbrido.
A metodologia é uma tendência nas Instituições de Ensino Superior (IES) por combinar aulas presenciais e a utilização de ferramentas online . Considerando um momento seguro para as aulas presenciais voltarem e o que era realizado antes da pandemia.
Em resumo, o método é dividido em duas categorias (sustentado e disruptivo). Isso se dá conforme a quantidade de atividades de ensino online e offline presentes em seus planos pedagógicos.
Ainda que não existam normativas específicas para regulamentá-lo (como acontece com o presencial e a EaD), o ensino híbrido tem conquistado cada vez mais espaço nas instituições de ensino superior (IES). E há bons motivos para isso. No fim de 2018, uma portaria do governo federal ampliou de 20% para 40% a carga horária máxima a distância para cursos presenciais .
Até que no fim de 2019, a Portaria 2.117/2019, autorizou as IES a ampliar para 40% a carga horária de educação a distância em cursos presenciais de graduação . Até mesmo as áreas de Engenharia e Saúde (menos Medicina) podem ampliar a modalidade EAD na organização pedagógica e curricular de seus cursos de graduação presenciais.
Muitas discussões sobre métodos de ensino colocam em frentes opostas o online e o presencial. O avanço do primeiro é encarado quase sempre como uma ameaça à existência do segundo. O ensino híbrido (do inglês, blended learning ) tornou-se uma exceção nesse cenário ao propor a integração dos dois modelos em favor de uma educação mais eficiente e personalizada.
Independentemente das abordagens sustentadas e disruptivas, a força do método está justamente na possibilidade de mesclar o que há de melhor no presencial e no online. Outra vantagem é a economia. Afinal, ele tende a reduzir os custos em cerca de 60% para as instituições de ensino superior e 30% para os alunos.
A implementação depende de contextos locais. Como, por exemplo, a adaptação cultural de alunos e professores ao uso da tecnologia. Além disso, passa pelo nível de maturidade da organização e da infraestrutura disponível. Não existe, portanto, uma regra a seguir, tampouco um modelo único a adotar.
Antes, quando foi lançada a portaria de 2018, existiam algumas condições específicas que possibilitavam uma IES a ter até 40% da carga horária completada a distância. Com as mudanças de 2019, todos os cursos presenciais podem ter 40% da carga horária EaD.
O ponto de partida para implementação, no entanto, deve ser planejar o ensino híbrido conforme o curso. “É fundamental pensar primeiro no objetivo do curso como um todo, para quem ele será oferecido, qual será a formação que se pretende dar ao cursista, o que é esperado desenvolver em quem cursá-lo”, explica Fernando de Mello Trevisan, coordenador Experimentações em Ensino Híbrido do Instituto Península e da Fundação Lemann, em entrevista ao Desafios da Educação.
Se depois da análise ainda existirem dúvidas, uma saída pode ser começar pelos métodos sustentados. A implementação gradual do ensino híbrido cria um período de transição importante para explicar as mudanças para professores e alunos e para investir na infraestrutura necessária. Instituições mais maduras, com condições tecnológicas estabelecidas, podem dar um passo a mais, indo direito para os modelos disruptivos.
Pensar nas especificidades curso: para decidir a melhor maneira de colocar ensino híbrido em prática, é necessário pensar primeiramente nos objetivos do curso. Além do perfil do público-alvo, na formação pretendida e nas capacidades que se pretende desenvolver nos participantes.
Sustentando ou disruptivo? Se houver incertezas sobre o modelo a ser escolhido, a dica é começar pelo sustentando. Assim, a IES ganha um tempo de transição para aplicar metodologias disruptivas. O que permite engajar a comunidade acadêmica (alunos, professores e gestores) e preparar a tecnologia necessária.
Definir o percentual de online x offline: em segundo lugar, a quantidade de horas/aula realizadas online e offline varia conforme as necessidades do curso. E também as tecnologias disponíveis na IES.
O que diz a lei? Do ponto de vista legal, é 40% o total de carga horária online permitida em cursos presenciais em condições específicas, atendendo alguns critérios. A medida não vale apenas para Medicina.
Encontrar a tecnologia certa: o sucesso do ensino híbrido depende do apoio de ferramentas adequadas. Para facilitar essa escolha, as Edtechs – como são conhecidas empresas de tecnologia educacional – fornecem uma série de soluções adaptáveis para cada contexto.
O que é o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)? Entre as tecnologias disponíveis está o AVA. Trata-se de uma plataforma capaz de auxiliar na montagem do curso, na criação e administração do conteúdo, além de fornecer dados para acompanhamento do desempenho de alunos e professores.
Outra opção é o modelo LXP, que permite uma experiência online em sala de aula, com interatividade entre os estudantes por meio de comunidades e de forma intuitiva. Os professores também participam desse processo, pois a prática gira em torno da simplicidade ao acesso dos conteúdos.
Capacitar professores: de nada adianta ter a tecnologia em mãos se os professores não souberem utilizá-la. Por isso, é fundamental capacitar os docentes para o uso das ferramentas.
O que muda, na prática, para o professor? O docente precisará aprender a acompanhar, interagir e se beneficiar dos dados fornecidos pelos softwares de educação para melhorar a aprendizagem dos alunos. A produção de conteúdo online toma espaço do tempo em sala de aula.
Engajar os alunos: assim como os professores, os alunos assumem um novo papel em relação ao ensino tradicional. Assim, precisarão estar engajados num projeto pedagógico que irá conferir a eles mesmos maior autonomia.
O que muda, na prática, para o aluno? Com menos aulas presenciais, eles podem personalizar a construção do próprio conhecimento, decidindo o tempo, local e o ritmo dos estudos. A busca por materiais complementares exige proatividade.
Em resumo, a autonomia proporcionada pela metodologia permite ao aluno a melhor percepção quanto à sua evolução, bem como dos pontos que exigirão reforço nos estudos. Como a modalidade impacta tanto a rotina do aluno (ao aprender) quanto do professor (ao ensinar), é essencial que as IES invistam em espaços de aprendizagem presenciais e virtuais .
Soma-se a isso a preocupação com a produção e a transmissão dos conhecimentos curriculares, o que dependerá diretamente do corpo acadêmico. Outro aspecto elementar para o sucesso do ensino híbrido é a escolha das atividades que farão a integração entre o virtual e o presencial . Afinal, um é complementar ao outro.
Para aumentar o engajamento no modelo híbrido, é imprescindível a aplicação de tecnologias que dialoguem com a realidade dos alunos . Ainda que muitas IES utilizem soluções importadas, é possível encontrar no Brasil plataformas em português. E com criação de conteúdo 100% local.
Todos esses fatores exigem atenção máxima dos gestores das IES . Com a ascensão do ensino híbrido, não apenas a sala de aula se transforma. Dessa forma, altera-se também a dinâmica do plano pedagógico e a gestão do tempo no ambiente acadêmico.
Quando essas diretrizes não são absorvidas plenamente, surge um equívoco comumente atrelados ao ensino híbrido. Por um lado, a IES trata a modalidade como uma simples ferramenta tecnológica. E não como algo ligado ao comportamento de professores e alunos, à dinâmica das aulas e à grade curricular.
Uma maneira de não errar na implementação de qualquer novidade na área da educação é aprender com quem já fez e acertou. Conheça, em seguida, alguns cases de sucesso em IES brasileiras.
>> Uniamérica : a universidade, de Foz do Iguaçu (PR) passou a oferecer o ensino híbrido em todos os seus cursos. A experiência é considerada por especialistas como uma das mais bem-sucedidas do Brasil. A aplicação dos conteúdos acontece em quatro etapas:
“Daqui a alguns anos, não fará mais sentido falar em curso presencial ou a distância. Cada vez mais os dois ambientes estão se misturando” , diz Ryon Braga, diretor-presidente da Uniamérica, ao portal Desafios da Educação.
A Universidade Positivo , de Curitiba (PR), lançou seus três primeiros cursos com formato de ensino híbrido em 2016, mas aplica a metodologia desde 2013 em cursos EAD. Os encontros presenciais acontecem a cada 15 dias.
A IES utiliza um AVA dinâmico da Blackboard , com e-book, games e vídeo aulas. Mas sempre com suporte de professores tutores. Os momentos em sala de aula se valem de metodologias ativas de educação para alinhar teoria e prática.
“Investimos para que cada elemento do curso tenha a conexão entre teoria e prática – seja nos textos, nas video aulas ou nos games, que reforçam o entendimento de forma lúdica” , afirma Carlos Longo, reitor acadêmico da Universidade Positivo, à revista Exame.
Com sede em Maringá (PR), a Unicesumar apostou em pesquisas pedagógicas e construção de laboratórios para dar conta da metodologia. São dois encontros presenciais e um online por semana. Dessa maneira, o resto da carga horária é reservada para estudos em casa. Como utiliza material didático próprio, a Unicesumar também investiu em dez estúdios para os professores gravarem as aulas.
“É o melhor dos dois mundos (tecnologia EAD e formação presencial)” , explica Wilson Matos da Silva, reitor da Unicesumar, ao jornal Notícias do Dia.
O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é uma necessidade básica em funcionamento em diversas instituições. Mas a adoção do ensino híbrido pode se tornar mais assertiva com a adoção de outras tecnologias facilitadoras.
Por Redação
Gostou deste conteúdo? Compartilhe com seus amigos!
MAPA DO SITE