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Boas práticas comerciais e pedagógicas são formatadas e adaptadas a partir das análises de mercado disponíveis. Afinal, a tomada de decisão baseada em dados já é uma realidade no setor educacional. Principalmente no mercado do Ensino Superior no Sudeste.
Veja uma análise do mercado do Ensino Superior no Sudeste do Brasil . Além de ajudar a desenhar estratégias para a captação de alunos, as informações abaixo trarão um diagnóstico completo do mercado com maior concentração de matrículas do país.
Atualmente, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santos têm, juntos, mais de 7 milhões de mercado potencial . Na prática, são pessoas aptas a iniciar um curso de graduação, ou seja, possuem ensino médio completo, ainda não estão estudando e estão dentro da idade target (17-49 anos). Trata-se do maior mercado brasileiro, atrás vem o Nordeste – que tem 4 milhões de potenciais alunos.
Com base em estudos realizados pela Educa Insights , 49,55% do mercado potencial do Ensino Superior no Sudeste tem condições de investir, mensalmente, até R$ 500 – ticket próximo ao EAD.
Além disso, ¼ do mercado potencial comprará cursos híbridos, investindo entre R$ 500-750. Em outras palavras, 7 em cada 10 novos alunos do Sudeste tendem a iniciar uma educação digital.
A demanda em alta pela EAD é um fator essencial na montagem do portfólio de cursos. E a Portaria 2.117/2019, que permite ampliar de 20% para até 40% a carga horária de educação a distância (EAD) de todos os cursos presenciais torna indispensável investir em tecnologias educacionais.
O último Censo da Educação Superior (ano base 2018), divulgado pelo INEP, apresentou volumetria de pouco mais de 3 milhões de estudantes ativos no setor privado do Sudeste. O EAD representa 25% das matrículas do Ensino Superior no Sudeste: 747.293 alunos na modalidade.
Ainda com ano base em 2018, as novas matrículas da região, ou seja, quem ingressou na graduação naquele ano, representam 40% no EAD. A modalidade cresce 23,17% ao ano, enquanto o presencial decresce -3,54%.
As áreas de especialização que mais trazem alunos para o EAD são, respectivamente, Negócios (40%), Educação (29%) e Engenharias/TI (11%). Além disso, destaca-se a carreira de Saúde. Já representa 8% das novas matrículas da modalidade, ou seja, 42 mil novos alunos.
A captação de alunos passa por entender o mercado, mas também o perfil dos alunos dos quatro estados do Sudeste. Os alunos da modalidade EAD concentram-se na faixa etária acima de 35 anos. Hoje 49% dos alunos possuem mais de 35 anos.
Além disso, 82% trabalham atualmente e vêm da rede pública de ensino médio (83%). A concentração de classe social está na Classe C: 51%. Ainda, 17% está entre as classes D e E. E, como acontece no cenário nacional, gênero feminino prevalece em volume de matrículas. Sendo 65% dos estudantes EAD.
Mais um motivo para as IES apostarem na flexibilidade da educação digital para captar alunos. Afinal, as graduações EAD e híbridas facilitam os estudos de quem trabalha, por exemplo. Elas possuem também mensalidades mais baixas na comparação com as presenciais.
Com base em pesquisas realizadas pela Educa Insights, a decisão dos futuros alunos da modalidade EAD depende de dois atributos-chaves para o sucesso da oferta. São eles, possuir mensalidades acessíveis (21% da decisão) e flexibilidade de estudar quando e onde quiser (18%). Na prática, 39% da decisão do aluno dependerá destes dois atributos principais.
Por Redação
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