Como formar lideranças educacionais para o futuro

A liderança educacional se tornou uma prioridade nas agendas das políticas em todo o mundo. Uma das razões é que ela desempenha um papel fundamental na melhoria dos resultados escolares, influenciando a eficiência de todo o processo educacional.

Um documento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) ressalta que, além da experiência, os futuros líderes precisarão cultivar e praticar a agilidade, uma mentalidade de aprendizado e um impulso empreendedor.

Eles devem ser capazes de identificar e compartilhar propósitos e demonstrar resiliência de forma consistente — a marca dos bons empreendedores — para lidar positivamente com frustrações e desafios.

Uma hipótese para a formação desse novo perfil de liderança é a aprendizagem baseada em ação, que se concentra na resolução de problemas da vida real.

Para a Unesco, precisamos pensar em aprender mais como um processo interativo, não apenas baseado no modelo “pesquisar-desenvolver-ensinar” que sustenta a educação mais tradicional. A aprendizagem baseada em ação impulsiona a motivação por ser relevante, por criar soluções e por mostrar impacto.

Líderes educacionais podem fazer toda a diferença na vida dos estudantes e das IES. Crédito: Ketut Subiyanto/Pexels.

Esse artigo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, (OCDE) explica que os sistemas educativos precisam se adaptar e formar lideranças educacionais alinhadas às necessidades da sociedade.

Esse movimento traz dois pontos: instituições de ensino superior estão cada vez mais autônomas em suas tomadas de decisão e mais responsáveis pelos resultados.

Ao mesmo tempo, a necessidade de melhorar o desempenho do aluno enquanto atende populações estudantis mais diversificadas está colocando as IES sob pressão para usar mais práticas de ensino baseadas em evidências.

Tudo isso faz das lideranças educacionais uma prioridade. A OCDE identificou quatro políticas principais que, juntas, podem melhorar a prática de liderança escolar.

Líderes educacionais podem fazer a diferença nas suas instituições de ensino e no desempenho dos alunos se tiverem autonomia para tomar decisões. Além disso, é importante preparar essas pessoas para as reponsabilidades que assumirão no seu ambiente de trabalho. Assim, é necessário:

O aumento das responsabilidades e de prestação de contas da liderança educacional está criando a necessidade de se ensinar sobre distribuição de demanda dentro das instituições de ensino.

Para isso, os formadores de líderes precisam ampliar o conceito de liderança educacional e ajustar as condições de trabalho de acordo. Nesse movimento, são bem-vindas ações como:

As evidências de diferentes fontes mostram que tanto a instituição de ensino quanto os futuros líderes precisam de treinamento específico para responder a uma gama cada vez maior de funções e responsabilidades.

As estratégias precisam se concentrar no desenvolvimento e fortalecimento de habilidades relacionadas com a melhoria dos resultados escolares. E, claro, dar espaço para contextualização e criatividade.

Há várias formas de fazer isso, como:

Um dos principais desafios é melhorar a qualidade da liderança atual e construir uma liderança educacional sustentável para o futuro.

As evidências indicam que os potenciais candidatos são dissuadidos pela pesada carga de trabalho e pelo fato de a função não parecer adequadamente remunerada e apoiada. Diante disso, há grande necessidade de:

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