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Existem pouco mais de 4 mil programas de pós-graduação (PPGs) stricto sensu em atividade no Brasil. Os mais bem avaliados (com notas 6 e 7, considerados de excelência) pertencem às instituições de ensino superior (IES) públicas. Por algumas razões.
Uma delas é que, historicamente, as universidades estaduais e federais são as que mais investem em pesquisa e extensão. Além disso, o próprio sistema de bolsas do governo parece ter sido feito a partir da perspectiva das IES públicas, não das particulares. O que não quer dizer que não haja espaço para as IES privadas crescerem em reconhecimento.
De fato, a busca por notas de excelência deveria estar entre as prioridades de qualquer programa strico sensu de IES privada, segundo a professora Magda Feres. Ela é coordenadora dos programas de mestrado e doutorado da Universidade Guarulhos (UNG) , uma das quatro melhores IES de pesquisa do país de acordo com a edição 2021 do Global Ranking of Academic Subjects (Gras) , o ranking mundial das universidades e de disciplinas acadêmicas.
Feres participou de um painel no 23° Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro (FNESP) na última quarta-feira (27). O evento, que está sendo realizado no formato híbrido, vai até 29 de outubro. A mediação do encontro foi de Márcio Sanchez, coordenador da Universidade Corporativa Semesp.
A professora Magda Feres diz no FNESP que as IES privadas devem mirar na excelência dos PPGS stricto sensu. Crédito: reprodução.
O ano de 2021 marcou o início de um novo ciclo de avaliação dos PPGs stricto sensu do Brasil. Também estabeleceu o início de um modelo de avaliação multidimensional , baseado no sistema europeu U-Multirank. Nele, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) deixa de dar uma nota única – que hoje vai de 3 a 7 – para classificar os programas em cinco dimensões :
Durante o painel do FNESP, Magda Feres destacou que o modelo multidimensional amplia a gama de critérios qualitativos, alinhando a pós-graduação brasileira aos resultados internacionais. Até então, a avaliação dos cursos de mestrado e doutorado privilegiava indicadores quantitativos de pesquisa e ensino.
A professora da UNG disse no FNESP que um PPGs demanda alto investimento financeiro – que, por sua vez, costuma demorar até apresentar retorno. “Os primeiros anos é só prejuízo”, afirmou Magda Seres. É só depois de um bom tempo, e com a chegada dos primeiros resultados, é que o programa começa a crescer em número de alunos, parcerias e bolsas de estudos. Afinal, boas notas ajudam na reputação da IES e na captação de novos alunos.
A professora ainda ressaltou que os gestores podem buscar reparação, quando necessário. “Não tenha medo de pedir a reconsideração das notas”, encorajou os participantes. “Já fizemos isso na Universidade Guarulhos e a Capes reconsiderou a avaliação do programa”.
Para isso, é dever dos coordenadores e gestores conhecerem as estâncias e os métodos de avaliação da Capes.
Nesta semana, a Capes anunciou dois programas de apoio e incentivo a PPGs stricto sensu de instituições de ensino superior privadas e públicas.
A partir de 1ª março de 2022, as instituições de ensino com PPGs avaliados com notas 3 e 4 (que representam 64% do total de cursos) terão acesso a bolsa de estudos para mestrado e doutorado com valores de R$ 1.100 e R$ 1.400, respectivamente. Para isso, receberão apoio financeiro de R$ 48 mil divididos em até três anos. Em contrapartida, faculdades, centros acadêmicos e universidades deverão se comprometer com projetos que contribuam com a educação básica.
Outro programa de incentivo é voltado para verticalização da pesquisa como projeto estratégico com abertura de 1.418 bolsas de pós-doutoramento de R$ 4,1 mil cada. As novidades foram divulgadas pela presidente da Capes, Cláudia Mansani Queda de Toledo, em um evento da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).
Por Danielly Oliveira
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