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Se o conteúdo é a espinha dorsal da educação a distância (EaD), como defende Ricardo Coelho , gestor comercial acadêmico da DTCOM, o material deve ser produzido considerando mais do que apenas o currículo de uma disciplina. Afinal, as informações só são de fato compreendidas pelos estudantes quando a comunicação é adequada ao meio de transmissão e ao público-alvo. É por isso que seguir a linguagem dialógica é regra na EaD.
O tema se refere ao uso de técnicas do dialogismo, um conceito definido pelo linguista russo Mikhail Bakhtin como a construção de uma reflexão a partir do diálogo. A estratégia aumenta o engajamento devido à semelhança com as interações que ocorrem no dia a dia fora das telas. Assim, impulsiona a construção e a aquisição de conhecimento no ensino a distância.
Sem interações presenciais, linguagem dialógica é principal ferramenta de interação entre o professor e os alunos em boa parte dos cursos. Créditos: Pexels.
No artigo “Linguagem Dialógica Instrucional: A (re)construção da linguagem para cursos online” , os autores identificam duas correntes de pensamento sobre o recurso usado na EaD. São elas:
Paulo Freire defendia que o diálogo é a base da pedagogia, fator que desperta a capacidade analítica e crítica. O educador deve falar usando a mesma linguagem dos estudantes e estabelecer um diálogo entre ele, o educando e os objetos do conhecimento. Desta forma, considera os interesses que interferem no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, a curiosidade epistemológica.
As realidades individuais também integram o desenvolvimento dos programas de ensino. Sendo assim, é importante conhecer o universo vocabular, as condições de vida do educando e do educador, de forma a aproximar o tripé educacional (educador-educando-objeto do conhecimento). A acessibilidade não pode ficar de fora desse passo, sendo central na compreensão e na participação de todos os estudantes.
Segundo Bakhtin, a interação é a base da aquisição do conhecimento e a linguagem é a responsável por mediar esse processo. Nesse contexto, compreender as informações demanda considerar as características do seu destinatário – no caso da EaD , os estudantes. Além disso, estando a realidade em constante transformação, o processo educativo deve ser flexível.
Os autores do artigo complementaram a teoria da linguagem dialógica: Dilermando Piva Jr, Ricardo Luis de Freitas e Rosana Giaretta Sguerra Miskulin avaliam que a interação deve considerar o grau de informação do destinatário e o seu conhecimento sobre o tema abordado, além dos objetivos e do plano de ensino da instituição. A partir disso, é possível optar pelo gênero e estilo mais adequados.
A linguagem dialógica usa palavras que indicam interação. Por exemplo, em vez de escrever “Semiótica e suas aplicações” em um material didático ou ambiente virtual de aprendizagem (AVA), os autores podem optar pela seguinte alternativa:
“Olá! Meu nome é Irene. Durante essa atividade, eu vou explicar para você o conceito de semiótica e em quais situações do dia a dia ela pode ser usada. Vamos lá? Clique no botão Seguir para começar.”
Também é possível usar frases como:
O artigo dá outras dicas sobre a produção de conteúdos escritos e falados usando a linguagem dialógica. Confira a seguir:
Outro material útil para aprender a inserir a linguagem dialógica e o dialogismo nos conteúdos do ensino a distância é o manual sobre o tema elaborado pela Uniasselvi em 2019. O documento instrui os autores a:
Sem interações presenciais, a linguagem dialógica é a principal ferramenta de interação entre o professor e os alunos em boa parte dos cursos. Por meio dela é que o fio condutor da explicação do conteúdo se desenrola, por isso ela deve estar em profunda sintonia com as realidades vividas pelos estudantes, incluindo a forma de apresentação do conteúdo.
Por Larissa Pessi
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