Quem é Michael B. Horn, convidado especial do Desafios da Educação Talks

Redação • 20 de novembro de 2023

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    Se você atua no setor educacional e busca se atualizar sobre novas tendências de aprendizagem, certamente já ouviu falar do norte-americano Michael B. Horn.

    Um dos principais especialistas do mundo em blended learning , ou ensino híbrido – metodologia que busca reunir o melhor dos formatos remoto e presencial –, ele vai participar do próximo Desafios da Educação Talks , dia 27 de novembro, às 17h, com transmissão ao vivo e gratuita . Para participar, inscreva-se aqui.

    Quer saber mais sobre o nosso ilustre palestrante? Siga lendo este post!

    Michael B. Horn. Crédito: Divulgação

    Um apaixonado por educação (e inovação)

    Michael Horn se considera, antes de tudo, um apaixonado pelo que faz. Sua descrição nas redes sociais é de “alguém que se esforça para criar um mundo no qual todos os indivíduos possam construir suas paixões e atingir seu potencial, por meio da escrita, palestras e trabalho com um portfólio de entidades educacionais”.

    Bacharel em História pela Universidade de Yale e com MBA pela Harvard Business School, ele é conhecido por ser um dos fundadores do Clayton Christensen Institute for Disruptive Innovation , organização sem fins lucrativos que realiza pesquisas e análises com foco na inovação. Atua em conselhos consultivos de diversas instituições voltadas para o ensino, como Imagine Worldwide, Minerva University e Guild Education, e é venture partner da NextGen Venture Partners.

    Atualmente, Horn colabora regularmente com a Forbes, a mais conceituada revista de economia do mundo. Multimídia, ainda apresenta dois dos principais podcasts internacionais sobre educação: “Class Disrupted” , ao lado de Diane Tavenner, e “Future U” , junto com Jeff Selingo.

    O resultado desse trabalho é amplamente reconhecido pela comunidade educacional.  A revista Tech & Learning o nomeou, em 2010, uma das 100 pessoas mais importantes na criação e no avanço do uso da tecnologia na educação . Em 2014, ele foi selecionado pela Eisenhower Fellowships – entidade que identifica, capacita e conecta líderes inovadores – para estudar os sistemas educacionais da Coreia no Sul e do Vietnã, cases de sucesso do continente asiático.


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    Conheça os livros de Michael B. Horn – e saiba quais estão disponíveis no Brasil

    Escritor prolífico, Horn é autor ou coautor de obras que se tornaram leitura obrigatória para compreender o processo disruptivo pelo qual passa o ensino. Até agora, são sete livros publicados:

    “Disrupting Class, Expanded Edition: How Disruptive Innovation Will Change the Way the World” (2008) – escrita em colaboração com Clayton M. Christensen e Curtis Johnson, esta obra inaugurou o movimento para transformar as escolas usando o ensino on-line para personalizar o aprendizado. Disponível no Brasil como “Inovação na Sala de Aula: Como a Inovação Disruptiva Muda a Forma de Aprender”.

    “Private Enterprise and Public Education” (2013) – neste livro, em coautoria com Frederick M. Hess, Horn investiga o papel das organizações com fins lucrativos na educação pública .

    “Blended: Using Disruptive Innovation to Improve Schools” (2015) – em sua primeira parceria com Heather Staker, o autor oferece um guia prático para combinar o aprendizado on-line nas escolas e criar um sistema educacional centrado no aluno. “Blended” está disponível em português , em edição do selo Pense, e pode ser adquirido na loja virtual do Grupo A+ .

    “The Blended Workbook: Learning to Design the Schools of our Future” (2017) – aqui, a dupla Horn-Staker oferece um complemento prático para “Blended”, com exercícios de implementação no mundo real.

    “Choosing College: How to Make Better Learning Decisions Throughout Your Life” (2019) –  Michael Horn e Bob Moesta explicam por que os alunos escolhem as escolas que frequentam para ajudá-los e como seus pais podem fazer as melhores escolhas – e oferece às escolas uma maneira de criar experiências mais envolventes.

    Goodnight Box (2020) – escrito em parceria com Tracy Kim Horn – instrutora de crossfit para crianças e sua esposa – e ilustrado por Agus Prajogo, este livro infantil escapa um pouco d a temática educação, mas nem tanto: fala sobre a importância de apresentar aos pequenos os benefícios de uma vida de saúde e bem-estar.

    Capa do livro 'Da Reabertura à Reinvenção', de Michael B. Horn

    From Reopen to Reinvent: (Re) Creating School for Every Child(2022) – o mais recente lançamento de Horn é um apelo à “derrubada” de um sistema educacional que não funciona mais. O livro oferece um panorama abrangente da realidade pós-pandemia e apresenta uma série de estratégias para ajudar as escolas a implementarem uma educação conectada com o futuro. Traduzida como “Da Reabertura à Reinvenção: (Re) Criando a Escola para Todas as Crianças”, a obra já tem edição em português pelo selo Penso e faz parte da série Desafios da Educação. Você pode comprar seu exemplar aqui.

    4 perguntas para Michael B. Horn

    Em “Da abertura à reinvenção”, Michael B. Horn defende a aprendizagem baseada no domínio como um caminho para tornar a experiência em sala de aula mais interessante e enriquecedora para os estudantes.

    Tal metodologia consiste em oferecer um ensino personalizado e focado nas competências do estudante, mas respeitando o ritmo de cada um. Nesse processo, é permitido errar para entender melhor o conteúdo e tentar novamente, até adquirir o “domínio” de determinada habilidade e seguir adiante.

    “Se concordarmos que incorporar hábitos de sucesso – como perseverança e mentalidade de crescimento – é importante, nosso sistema atual de educação, baseado no tempo, funciona sistematicamente contra o desenvolvimento dessas habilidades nos alunos. A aprendizagem baseada no domínio, por outro lado, na qual refazer e melhorar o trabalho é a expectativa, naturalmente incorpora esses hábitos de sucesso”, explica o autor.

    Em entrevista ao portal Desafios da Educação , Horn fala um pouco mais sobre essa metodologia. Confira:

    Quando você fala em aprendizagem baseada no domínio, diz que muitas pessoas ficam desconfortáveis por acreditarem que a escola deve se concentrar apenas em atividades básicas, como leitura, escrita e matemática. Essa resistência é da sociedade ou da própria escola?

    Michael B. Horn – Penso que há mais resistência de determinadas partes da sociedade, e menos dos professores. Minha experiência mostra que os educadores geralmente concordam que a escola deve ir muito além do domínio de matérias básicas e que o aprendizado sobre competências e hábitos de sucesso também é importante.

    É um desafio transpor esse modelo para uma realidade completamente diferente da americana, como a brasileira?

    Mudar para esse modelo no Brasil não é mais desafiador do que nos Estados Unidos, isso é certo! Os EUA vêm tendo dificuldades em promover essa mudança. O Brasil, pelo que sei, está em posição semelhante, mas a única razão para acreditar que poderá ser capaz de avançar mais rapidamente é que há um pouco mais de controle de “cima para baixo”. Mas essa é uma enorme mudança de mindset e também operacional, e será uma luta em qualquer lugar.

    É por isso que, em última análise, recomendo começar aos poucos, com novas escolas que sejam capazes de operar de forma baseada no domínio e de escalar a abordagem ao longo do tempo, à medida que essa experiência for bem-sucedida para os alunos.

    Como a inteligência artificial se enquadra nesse contexto?

    Boa pergunta. Acredito que a inteligência artificial pode realmente “turbinar” modelos baseados em domínio, tornando mais fácil fornecer um feedback rápido e personalizado para cada aluno e liberando tempo do professor para passar com os alunos e avaliar melhor o trabalho deles. Se usada corretamente, a inteligência artificial pode ser um verdadeiro multiplicador de força. Mas não é algo garantido. É sempre importante entender como a tecnologia é usada, pois ela por si só não basta.

    Passados quase quatro anos da pandemia, a escola conseguiu se tornar um espaço diferente, mais próximo do que supostamente deveria ser?

    Minha impressão é que, em muitos casos, as escolas mantiveram seus modelos operacionais testados e comprovados. E, embora algumas tenham a infraestrutura necessária para migrar para modelos personalizados e baseados no domínio, que apoiam o sucesso de cada criança, não mudaram isso, nem mesmo os próprios processos de ensino e aprendizagem. E é aí que o foco precisa estar. Então, infelizmente, não acho que a maioria das escolas esteja mais próxima do que deveria ser.

    Achou interessante a trajetória de Michael B. Horn e quer saber mais sobre o que ele tem a dizer sobre o futuro da educação? Marque na agenda: dia 27 de novembro, às 17h, Horn participa do Desafios da Educação Talks, alusivo ao Dia do EaD – A Nova Fronteira da Educação, junto com a gerente executiva da +A Educação, Daiana Rocha , e o gerente de inovação e conteúdo da Plataforma A, Igor Sales.


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