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Se tem uma modalidade que ganhou protagonismo com a publicação da Nova Política de Educação a Distância, esta foi, sem dúvida, o ensino híbrido. Agora denominado oficialmente ensino semipresencial, o formato passou a ocupar o centro das estratégias acadêmicas das instituições de ensino superior (IES).
Mais do que uma simples combinação de aulas presenciais e online, o semipresencial virou uma espécie de ponte regulatória e pedagógica, capaz de equilibrar a flexibilidade da educação a distância (EaD) com a solidez das atividades presenciais — exigidas, em maior ou menor grau, em todos os cursos de graduação.
Migrar para o modelo semipresencial exige uma revisão profunda de estratégias e rotinas acadêmicas. E talvez o ponto mais sensível da transição esteja justamente no equilíbrio entre atividades remotas e presenciais.
Neste post, o Desafios da Educação traz algumas dicas para que as IES façam essa migração de forma estruturada, eficiente e alinhada às novas diretrizes — sem perder de vista a qualidade da formação e a experiência de aprendizagem do estudante.
O Decreto nº 12.456/2025, que regulamentou o novo marco regulatório da EaD, trouxe uma série de desafios para as IES. Entre eles, a necessidade de revisar formatos de oferta e ajustar os Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs) para atender aos novos parâmetros.
Conforme o decreto, os cursos híbridos devem ter pelo menos 30% da carga horária presencial e mais 20% presencial ou síncrona mediada por tecnologia, totalizando no mínimo 50% de interação direta. Por isso, migrar um curso 100% EaD para o semipresencial envolve repensar metodologias, práticas avaliativas e componentes curriculares.
Não se trata, portanto, de uma simples alteração de carga horária. A transição para o semipresencial exige um redesenho completo da experiência do estudante e da atuação docente.
Para planejar essa migração de forma estratégica e responsável, o primeiro passo é revisar os formatos de oferta e o portfólio de cursos da instituição. Algumas áreas não podem mais ser oferecidas integralmente a distância e deverão obrigatoriamente migrar para o semipresencial ou para o presencial.
Isso significa que cursos que eram 100% EaD nessas áreas precisarão obrigatoriamente migrar para o semipresencial, com carga presencial significativa e atividades síncronas bem estruturadas.
A readequação envolve repensar as estratégias pedagógicas e entender quais conteúdos e atividades precisam ser vivenciados presencialmente, quais podem ser conduzidos por meio de metodologias ativas em momentos síncronos mediados por tecnologia, e o que permanecerá como conteúdo assíncrono.
Os encontros presenciais e síncronos não devem ser espaços meramente expositivos, mas momentos de interação significativa e construção prática do conhecimento. Metodologias como Team Based Learning, estudos de caso e Peer Instruction podem ser boas estratégias para encontros síncronos mediado por tecnologia, promovendo engajamento real entre estudantes e professores.
Outro ponto fundamental é a reestruturação das equipes acadêmicas, uma vez que o marco regulatório extingue a função de tutor pedagógico e define claramente os papéis do mediador pedagógico e do professor regente. O novo mediador passa a ser o profissional responsável por conduzir as atividades síncronas mediadas, com formação adequada e limite de 70 alunos por grupo, garantindo interação ativa e controle formal de frequência.
Outro aspecto central da migração para o semipresencial é garantir espaços adequados para as práticas formativas. O marco regulatório determina que os cursos devem contar com laboratórios presenciais acessíveis aos estudantes, seja na sede da IES ou nos polos.
Mas isso não significa que é preciso abandonar o ambiente virtual. Pelo contrário: a combinação de laboratórios físicos e virtuais potencializa a aprendizagem, amplia o acesso e diversifica as experiências formativas.
Plataformas de simulação e ambientes imersivos continuam sendo recursos valiosos, desde que integrados aos momentos presenciais. Além disso, o uso de maletas e kits didáticos permite que as IES de menor estrutura física consigam ofertar práticas in loco de qualidade e com um custo operacional muito mais baixo.
A migração da EaD para o semipresencial não deve ser vista como um retrocesso ou uma mera obrigação regulatória, e sim como uma oportunidade concreta de promover experiências de aprendizagem mais significativas. Com planejamento e readaptação da infraestrutura — tanto física quanto tecnológica — essa transição pode fortalecer a credibilidade da IES e gerar impacto positivo na trajetória profissional dos estudantes.
Evidentemente, esse processo não pode ser feito de forma improvisada. Em e-book desenvolvido pela Plataforma A, os especialistas Gustavo Hoffmann e Gisele Kruger recomenda que as IES planejem a migração considerando cinco dimensões estratégicas:
Para acessar o conteúdo gratuitamente do e-book, que traz um mapeamento com tudo o que as IES precisam saber sobre o novo marco regulatório, basta se inscrever aqui.
Por Redação
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