Como o NPJ-e prepara estudantes para o mercado de trabalho na Famig e UniFCV

Larissa Pessi • 15 de fevereiro de 2022

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit

Acompanhe

    O Núcleo de Prática Jurídica Eletrônico (NPJ-e) surgiu para modernizar os cursos de Direito e atender às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). Presente em instituições de ensino superior (IES) de todos os portes, o recurso beneficia alunos e professores.

    A Faculdade Minas Gerais (Famig), em Belo Horizonte, por exemplo, adotou a solução da Escola de Direito em 2019. O NPJ-e da Plataforma A é utilizado desde o primeiro período da graduação no projeto de extensão Primeiros Passos, bem como na gestão de atividades acadêmicas, incluindo as previstas para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e o Estágio Externo.

    Ou seja, logo no início do curso, os estudantes têm contato com a tecnologia , atendendo clientes sob a supervisão de um professor e auxílio de colegas de períodos mais avançados. Com a oferta precoce, até o segundo semestre de 2021, cerca de 350 dos 750 alunos do curso de Direito da instituição mineira utilizaram o NPJ-e.

    Como funciona o NPJ-e na Famig

    Na Famig, o NPJ-e é usado do contato inicial com a pessoa que procura assistência jurídica gratuita até a gestão processual. Tudo começa com a escuta do cliente e o cadastro dos seus dados e documentos.

    “Logo depois, é feito um relatório de atendimento. O professor cria a atividade de fazer as peças, e o aluno a executa no sistema”, afirma a coordenadora do NPJ da Famig, Roberta Salvático Vaz de Mello, lembrando que a correção é pré-padronizada, o que otimiza a rotina do docente.

    Cada atividade, relacionada a casos reais ou simulados, trabalha diferentes competências e habilidades dos estudantes. Ao mesmo tempo, apoia o processo de letramento digital.

    O NPJ-e gera relatórios de caráter qualitativo que ajudam a comprovar os trabalhos executados pelos graduandos – um fator considerado nas avaliações in loco do MEC. Isso mostra se a IES está seguindo as diretrizes para o curso e como é o desempenho individual e coletivo dos discentes.

    A ferramenta da Escola de Direito possibilita a execução de atividades referentes às causas de todas as áreas do Direito. No entanto, a mais comum nos NPJ-e brasileiros é a cível.

    Principais benefícios

    Oferecer o acesso a um NPJ-e vai além de cumprir determinações do MEC. É uma forma de desenvolver a cultura digital dentro da instituição e preparar o egresso para a realidade do mercado de trabalho na área.

    “Ele serve para que o aluno pratique aquilo que futuramente fará nas plataformas jurídicas dos tribunais”, pontua o coordenador do Núcleo de Prática Jurídica do Centro Universitário Cidade Verde (UniFCV), Márcio Candéo.

    Nessa IES, localizada em Maringá, no Paraná, o primeiro contato com o sistema ocorre no sétimo semestre, com casos simulados. Mais tarde, no nono período, os estudantes atuam em processos reais. Atualmente, cerca de 200 alunos acessam o NPJ-e da instituição paranaense.

    “Durante a pandemia, com o auxílio das redes sociais e de plataformas de reuniões, foi possível tanto fazer o atendimento dos assistidos como dar feedback para os acadêmicos”, conta Candéo.

    Para que a implementação seja bem-sucedida, as IES recebem treinamento e têm acesso a tutoriais que orientam o manuseio da plataforma. “Também temos o suporte sempre à disposição para quando houver algum problema ou precisarmos dar alguma sugestão”, lembra Mello.

    O impacto positivo contempla toda a comunidade acadêmica, dos coordenadores e docentes até os alunos, conforme a coordenadora do NPJ-e da Famig. “É um sistema intuitivo, muito fácil de mexer, de cadastrar. E os alunos tiveram uma aceitação muito positiva.”

    Além da tecnologia

    As ferramentas da Escola de Direito, como o NPJ-e, dão uma força para o ensino das práticas jurídicas. Mas o aprendizado passa pelo comprometimento das pessoas envolvidas no processo, como destaca o especialista de produto nas soluções de Direito da Plataforma A, Guilherme Hely.

    “O NPJ-e é digital, mas depende da figura do professor e do advogado para fazer correções de atividades e peças, dando um feedback pessoal para o aluno”, afirma. Um trabalho conjunto, que alia tecnologia e conhecimento humano, para revolucionar os cursos jurídicos no Brasil.

    Por Larissa Pessi

    Gostou deste conteúdo? Compartilhe com seus amigos!

     Categorias

    Ensino Superior

    Ensino Básico

    Gestão Educacional

    Inteligência Artificial

    Metodologias de Ensino

    Colunistas

    Olhar do Especialista

    Eventos

    Conteúdo Relacionado