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Quais instrumentos de aprendizagem você imagina em uma aula de Medicina? Provavelmente, não seja uma mesa anatômica touch screen, onde é possível ver órgãos humanos em medidas reais, por múltiplos ângulos e com todas as suas conexões no organismo. Talvez nem mesmo manequins altamente sensíveis, capazes de reproduzir reações como suar, chorar e sangrar.
Essas tecnologias não são cenário de nenhuma ficção científica. Pelo contrário, são equipamentos do Centro de Simulação da Pontifícia U niversidade Católica do Paraná (PUCPR), localizado no Hospital Nossa Senhora da Luz, em Curitiba. Eles são usados por estudantes e profissionais da saúde para desenvolver o raciocínio clínico em ambientes seguros e realísticos.
“Quando aplicada para integrar os conteúdos, a tecnologia é uma ferramenta absolutamente poderosa”, destaca o professor titular do curso de Medicina da PUCPR, José Knopfholz. Ele acrescenta que os recursos facilitam o entendimento e a modulação dos conteúdos curriculares da graduação.
“Através do ultrassom, por exemplo, o aluno visualiza o coração batendo para entender sua fisiologia e anatomia”, exemplifica Knopfholz. “Na mesa anatômica, ele consegue ver o coração com cortes tridimensionais, assim como os tecidos cardíacos. Tudo em uma mesma situação”, completa.
Com uma área de mais de 1,2 mil m², o Centro de Simulação Clínica reproduz um hospital geral em diversos aspectos. O local conta com consultórios, salas de aula, centros cirúrgicos, centro obstétrico, unidades de terapia intensiva (UTIs) que podem ser convertidas em enfermarias, área pré-hospitalar para cenários de emergências, equipamentos de realidade virtual e 327 modelos de simulação.
Por muito tempo, o ensino da anatomia dependeu da manipulação de cadáveres. Entretanto, segundo Knopfholz, uma vez dissecado, o corpo não permite que a próxima turma tenha a mesma experiência – o que é possível com mesa anatômica. O aparelho foi criado pela PUCPR através da integração de cursos de engenharia, tecnologia e saúde.
Além disso, desde 2014, a instituição paranaense trabalha com a simulação clínica. Ou seja, o uso de manequins que reproduzem situações da prática médica. Isso inclui desde um parto até colonoscopias e punções vasculares.
Para se ter uma ideia, o manequim recria crises convulsivas, situações de aumento e diminuição da frequência cardíaca e responde ao uso de drogas. “É um exemplar extremamente robusto, repleto de componentes eletrônicos bastante sensíveis”, conta Knopfholz.
O objetivo dessas tecnologias é replicar procedimentos com diversos níveis de dificuldade e alto grau de fidelidade, como se o aluno estive participando da rotina de um hospital. Os benefícios aparecem na aprendizagem e na qualificação dos formandos.
Os estudantes repetem os procedimentos quantas vezes for necessário, aumentando sua destreza profissional. Quando partem para a prática médica real, eles estão mais preparados para atender os pacientes com segurança e qualidade.
As simulações ainda ajudam a torná-los mais maduros emocionalmente, pois não deixam de lado a aquisição de competências comportamentais. “Tudo é treinado para que os aspectos da humanidade também sejam desenvolvidos” pontua o professor Knopfholz.
A grade de atividades da PUCPR foi construída para colocar o estudante em contato com tecnologias que serão encontradas no mercado de trabalho , como a telemedicina. A simulação clínica, por exemplo, permeia todo currículo com fases crescentes de complexidade.
Para Knopfholz, o currículo é um organismo vivo. Está em constante transformação para se adaptar às novas realidade e aproveitar oportunidades de inovação. “Quando fica parado por muito tempo, o currículo deixa de incorporar grande parte das tecnologias que vão surgindo. Isso pode ser um problema para a formação”, alerta.
Nesse sentido, o Centro de Simulação também trabalha com a gamificação. Em alta na educação, a estratégia utiliza jogos digitais como uma forma lúdica de ensino. Em um ambiente virtual, o aluno toma decisões clínicas e escolhe como orientar os pacientes, tornando o aprendizado mais leve.
As novidades não param por aí. Em breve, a instituição vai agregar mais metodologias imersivas ao curso de Medicina. Com um óculos 3D, os estudantes realizarão procedimentos, como a retirada de uma vesícula, como se estivem em um centro cirúrgico – graças à realidade virtual.
A partir de 2022, com a implementação dos laboratórios virtuais , a PUCPR dará mais um passo em direção ao futuro, consolidando um presente onde a tecnologia é, cada vez mais, importante para a aprendizagem. Em todos os cursos.
Por Renata Cardoso
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