Webinar: o que os alunos querem (e precisam) aprender em matemática

Redação Pátio • 31 de julho de 2019

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    Boa parte das escolas apresenta a matemática como algo exclusivamente numérico e abstrato. Mas é preciso ensinar por meio da prática e de abordagens lúdicas. Crédito: Pexels.

    Matemática no ensino básico: o que os alunos querem aprender e o que precisam aprender? Esse foi o tema do terceiro webinar promovido pelo portal Desafios da Educação em 2019.

    A condução do evento, transmitido pela internet, foi de Katia Smole , doutora em Educação, diretora do grupo de formação e pesquisa Mathema e ex-chefe da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) em 2018.

    >> Acesse o webinar sobre matemática no ensino básico <<

    Segundo Smole, muito alunos não sabem o que querem aprender. Mas “quando você pergunta para esses mesmos alunos como eles querem aprender, a resposta é clara: eles querem aprender investigando, praticando, por meio de abordagens lúdicas”.

    O problema é que grande parte das escolas continua apresentando a matemática como algo quase que exclusivamente numérico e abstrato. Os diferentes modos de ver, entender e ampliar a disciplina são subdesenvolvidos. Às vezes, até ignorados.

    Uma das principais razões para isso é a falta de formação dos professores. De acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019 , menos da metade dos professores do 6º ao 9º ano do ensino fundamental tinham formação superior compatível com as disciplinas que lecionavam em 2018. Ou seja, muita aula de matemática é ministrada por docentes sem formação na área.

    Outro problema são os professores que não sabem como inserir novas metodologias em suas aulas, principalmente aquelas que utilizam o mundo digital. “Nós, professores, temos muito medo de erro”, diz Katia.

    É a partir da discrepância entre a maneira que os alunos querem aprender e a maneira que as escolas ensinam que inicia o desinteresse pela matemática, segundo Katia Smole.

    Educação matemática de qualidade

    A quantidade de alunos que ano a ano fica para trás dos conhecimentos matemáticos é enorme. A disciplina é a que mais “colabora” com os altos índices de reprovação no ensino básico – principalmente nos anos finais do ensino fundamental e no primeiro ano do ensino médio.

    Matemática no ensino básico: um webinar de Katia Smole para o portal Desafios da Educação

    Katia Smole. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    A matemática é uma matéria acumulativa. Cada capítulo é importante para entender e dominar o próximo. Assim, sem construir uma boa base, “a torre não vai ficar em pé”. E essa falta de base influencia até na escolha dos alunos nos cursos para o vestibular, segundo Smole.

    “Não é justo que alguém defina sua carreira por excluir a matemática. Podem escolher o que quiserem, mas não pela incapacidade de aprender matemática”, afirma a educadora.

     Para responder no webinar sobre o que os alunos precisam aprender, Katia Smole levou em consideração a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Alguns pontos são:

    • Pensamento algébrico desde os anos iniciais
    • Geometria das transformações e desenho geométrico em evidência
    • Probabilidade com foco em ideias centrais desde anos iniciais
    • A integração entre competências gerais, de área e de habilidades
    • O sentido de progressão e altas expectativas

    

    Segundo Katia, um dos principais pontos que definem um ensino de qualidade é o desenvolvimento de uma linguagem matemática. Em outras palavras, é quando os alunos são capazes de empregar o conhecimento matemático em diversos contextos, racionando matematicamente para descrever, explicar e prever fenômenos.

    Outros pontos incluem:

    • Que o aluno saiba o que precisa saber na idade certa
    • Que saiba mais do que as quatro operações básicas
    • Que tenha habilidades essenciais ao pensamento lógico
    • Que tenha conhecimentos que impliquem melhoria
    • Pensamento crítico e solução de problemas
    • Comunicação oral e escrita
    • Acessar e analisar informações
    • Curiosidade e imaginação

    Por Redação Pátio

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