Como aprovar um curso de pós-graduação na APCN da Capes

Renata Cardoso • 6 de dezembro de 2021

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    Recentemente, uma matéria do Desafios da Educação mostrou por que cerca de 70% dos projetos de novas pós-graduações stricto sensu são reprovados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). O alto percentual de reprovações ganhou destaque devido à abertura do calendário para Apresentação de Propostas de Cursos Novos (APCN) , no dia 30 de novembro.

    São elas:

    • Inconsistência da proposta;
    • Falta de maturidade do grupo de pesquisadores;
    • Ausência de clareza na diferenciação de mercado;
    • Falta de articulação com as demandas de mercado;
    • Ausência de perspectiva de atuação em longo prazo;
    • Não atendimento de métricas quantitativas básicas em relação à produção bibliográfica docente.

    Agora, a janela aberta pela Capes abre novas perspectivas para as IES. É a primeira oportunidade em dois anos para solicitar a autorização para oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu. Para conquistar o credenciamento, entretanto, é preciso superar os erros mais comuns. A seguir, apontamos alguns caminhos para aprovar um curso na APCN.

    10 dicas para uma APCN de sucesso

    Durante o webinar EaD Talks Revoluções: do legado à transcendência digital do Ensino Superior , a consultora da Plataforma A , Daiane Folle, apresentou 10 dicas valiosas para ampliar as chances de aprovação das IES.

    Confira, abaixo, quais são as orientações para uma APCN de sucesso:

    #1 – Ter paciência para montar um novo projeto de mestrado e/ou doutorado

    Construir e demonstrar a trajetória de pesquisa de um grupo de docentes, por exemplo, não é tarefa simples. “Eu não posso imaginar a construção de um projeto de um mês para o outro. É algo que demanda tempo”, destaca Folle.

    #2 – Ter clareza da estratégia institucional

    A proposta de pós-graduação stricto sensu deve alinhar as aptidões da instituição e as necessidades da comunidade do seu entorno, entendendo quais competências instaladas darão suporte ao novo curso. “Às vezes, existe um desejo institucional de ter um programa em determinada área, e não para atender a uma demanda real da sociedade”, explica.

    #3 – Realizar um levantamento dos docentes doutores da instituição e criar um diagnóstico qualificado do potencial do grupo

    Se ainda não existe uma maturidade consolidada entre os pesquisadores, é preciso direcionar o grupo de pesquisa para produzir de forma eficaz nas áreas de interesse em que se pretende fazer a proposta de curso.

    #4 – Apropriar-se dos critérios de avaliação

    Todas as etapas do processo de avaliação são importantes para comprovar a qualidade de uma possível nova pós-graduação. Por isso, é fundamental estudar detalhadamente os critérios da área na qual a proposta será submetida.

    #5 – Construir o projeto de forma coletiva, envolvendo todos os pesquisadores que participarão da proposta

    Quando um projeto realizado apenas pelo coordenador cai em diligência, ou seja, recebe a visita de consultores da Capes para avaliação, os demais professores não vão conhecer os detalhes da iniciativa. “Isso implica em baixo comprometimento e senso de pertencimento do grupo para com a proposta e pode levar à reprovação da APCN”, afirma Folle.

    #6 – Garantir infraestrutura e recursos completos para a implementação do projeto

    Isso quer dizer que todos os laboratórios e materiais necessários para a realização do curso de mestrado e/ou doutorado devem estar plenamente instalados e aptos a funcionar no momento da aprovação da proposta, caso ela ocorra.

    #7- Garantir políticas de pesquisa institucionais consistentes que criem condições para o desenvolvimento e investimento em pesquisa e sua divulgação

    Ou seja, não depender apenas de recursos externos para manter o curso em funcionamento.

    #8 – Buscar parcerias ou convênios formais com outras IES ou organizações para apoio ao programa e desenvolvimento de pesquisa

    O item três da ficha de avaliação da Capes fala sobre inovação e impacto na sociedade. É disso que esse trata. “A aplicabilidade do conhecimento é, cada vez mais, importante na hora da avaliação”, ressalta Folle.

    #9 – Apresentar o planejamento estratégico do programa e suas políticas internas na APCN

    Na proposta, incluir itens sobre atividades como autoavaliação, acompanhamento de egressos, internacionalização e impactos na sociedade. Isso ajuda a dar consistência ao projeto.

    #10 – Garantir a leitura do projeto por um avaliador Ad Hoc externo

    A revisão detalhada da proposta por um consultor externo pode garantir a aprovação. Com experiência na área, esse profissional pode ajudar a aprimorar e qualificar o projeto, identificando falhas e apontando possíveis melhorias.

    Por Renata Cardoso

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