Visual, auditivo e cinestésico: conheça os diferentes estilos de aprendizagem

Renata Cardoso • 15 de março de 2023

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    A personalização do ensino tem sido um tema recorrente nas listas de tendências educacionais nos últimos anos. Os debates sobre as singularidades dos estudantes e a forma como cada um aprende ganham cada vez mais destaque no meio educacional.

    Nesse sentido, um primeiro passo é crucial: os próprios alunos precisam compreender o formato que melhor os ajuda a absorver os conteúdos para construir o conhecimento. E os professores podem ajudá-los nessa jornada.

     

    Existem diversas formas de aprender. Conheça o que são os estilos visual, auditivo e cinestésico e saiba como identificar os alunos em sala de aula. Crédito: Pexels

     

    O que são os estilos de aprendizagem

     

    Segundo artigo acadêmico “Estilos de aprendizagem, desempenho acadêmico e avaliação docente”, publicado em 2019, os estilos de aprendizagem são a forma como cada indivíduo se adapta melhor aos processos de aprendizagem, o que inclusive pode se transformar ao longo da vida.

     

    Para os estudantes, isso reforça a importância de ter clareza sobre quais formatos são melhores para si, para se adaptar a cada fase. Já para os professores, conhecer e identificar os diferentes estilos de aprendizagem ajuda a planejar aulas mais eficientes e acolhedoras.

    Como funciona cada estilo

    Existem diversas classificações de estilos de aprendizagem. Neste texto vamos abordar o modelo Vark, que foi proposto pelo pesquisador Neil Fleming em 1992. Essa abordagem é focada nos canais sensoriais preferidos pelas pessoas quando aprendem.

    Desse modo, são identificados quatro estilos de aprendizagem:

    1. Visual: os alunos aprendem melhor por meio de esquemas, figuras, gráficos e outros recursos visuais, como vídeos e também aulas expositivas;
    2. Auditivo: abordagem que prioriza debates, palestras e seminários. Alunos que se identificam com ela também aceitam muito bem materiais em áudio, como podcasts. Estudantes auditivos podem facilmente se distrair com outros sons que envolvem o ambiente escolar;
    3. Leitura e escrita: estudantes com esse perfil desenvolvem melhor trabalhos que exijam a busca por livros e conceitos teóricos. Gostam de fazer anotações escritas;
    4. Cinestésico: vale lembrar que a cinestesia é o sentido da percepção de movimento, peso, resistência e posição do corpo. Estudantes cinestésicos têm como principal característica a aprendizagem por meio de experiências. Aulas práticas, que tenham a ver com montar e desmontar objetos ou lidar com questões reais, costumam atrair esse tipo de aluno, assim como os trabalhos em grupo.

     

    O modelo Vark pode funcionar tanto para crianças quanto para adultos. Outro aspecto interessante é que, de acordo com a psicopedagoga Mônica Pessanha, em texto publicado no jornal O Globo, a maioria das pessoas tira proveito da combinação de diversos estilos.

     

    Como trabalhar em sala de aula

    Segundo Suzete Lizote, Claudia Alves, Sayonara Teston e Jaqueline Olm, autoras do artigo citado anteriormente, a partir do momento em que o professor tem consciência das diferenças individuais dos alunos, ele poderá identificar grupos com características comuns e canais de percepção semelhantes.

     

    Conforme o artigo “Estilos de aprendizagem: um estudo comparativo”, publicado em 2016, existem técnicas para identificar como cada estudante aprende melhor. “O primeiro passo é fazer uma análise preliminar através de breves entrevistas pessoais com os alunos e observação formal de seus comportamentos característicos em sala de aula”, explicam Camila da Silva Schmitt e Maria José Carvalho de Souza Domingues, autoras do texto.

     

    Elas apontam que outro passo para avaliar o estilo de aprendizagem é uma entrevista em profundidade individual. O próximo ponto é a utilização de listas de verificação e o questionário Vark. “Esse questionário foi desenvolvido para que haja uma interação sobre a aprendizagem entre professor e aluno, mas também pode ser um catalisador para o desenvolvimento pessoal”, diz o texto.

    Com essas ferramentas será possível conhecer melhor cada estudante e determinar estratégias de ensino adequadas aos perfis existentes nas turmas, gerando aulas mais atrativas e eficientes.


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    Por Renata Cardoso

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