Curricularização da extensão abre espaço para projetos integradores

Luiz Eduardo Kochhann • 1 de fevereiro de 2021

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    Em dezembro de 2018, o Conselho Nacional de Educação (CNE) estabeleceu as diretrizes para a inclusão de atividades de extensão nos currículos dos cursos de graduação . Pela legislação, no mínimo 10% da carga horária total dos cursos precisa, obrigatoriamente, ser destinado à extensão.

    Como observou Gustavo Hoffmann , em artigo sobre o modelo educacional pós-covid , a curricularização da extensão deveria ser vista pelas IES como um importante elemento de aproximação entre a academia e o mundo real. Isto é, uma oportunidade que abre espaço para o desenvolvimento de projetos integradores .

    O que diz a legislação

    A extensão mira dois objetivos principais. Ao mesmo tempo que estimula a formação integral do aluno como cidadão crítico e responsável – por meio de atividades práticas e, preferencialmente, interdisciplinares –, ela promove a transformação da realidade social que cerca as instituições.

    Os programas, projetos, cursos, oficinas e prestação de serviços devem estar vinculados à formação do estudante. Também devem envolver comunidades externas, com foco em áreas de grande pertinência social, como comunicação, cultura, direitos humanos, justiça, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e trabalho.

    Os atores parceiros incluem empresas, instituições sociais e a comunidade em geral.

    Como componente curricular, o projeto integrador exige acompanhamento, orientação e avaliação docente.

    A extensão ao lado da pesquisa e do ensino, como tripé norteador da educação superior, não é uma novidade. Mas, além de fixar sua participação em no mínimo de 10% da carga horária total dos cursos, as diretrizes do CNE estabelecem os parâmetros de aplicação e avaliação das atividades extensionistas . Cabe às IES, portanto, manter projetos sistematizados e mensuráveis.

    Segundo a legislação, a curricularização da extensão deve estar sujeita à contínua autoavaliação crítica.

    Entre os requisitos a serem avaliados estão:

    • Articulação entre ensino, pesquisa, formação do estudante e qualificação docente;
    • Relação com a sociedade e participação dos parceiros;
    • E resultados alcançados com essas ações.

    No caso dos cursos ofertados na modalidade a distância (EAD), as atividades devem ser realizadas presencialmente em região compatível com o polo de apoio presencial no qual o estudante está matriculado.

    O papel dos projetos integradores

    “A curricularização da extensão pode estar alicerçada em projetos integradores entre cursos e institucionalmente”, explica Ana Pascottini, especialista acadêmica da +Campus, plataforma de OPM para IES que queriam desenvolver e ofertar cursos de ensino a distância. Dessa maneira, segundo ela, saberes e capacidades acadêmicas se articulam em prol de ações que tenham impacto na sociedade.

    Ao proporcionar essa vivência “extra muros”, a curricularização da extensão e os projetos integradores ainda garantem os seguintes benefícios aos alunos:

    1. Capacitação quanto ao domínio das competências de organização, gestão e desenvolvimento de projetos, bem como das competências afetivo-relacionais envolvidas no processo;
    2. Oportunidade de desenvolvimento de trabalho de natureza acadêmico-prático que possa traduzir a articulação entre os conhecimentos adquiridos no curso de origem e as atividades profissionais reais;
    3. Diagnosticar necessidades e propor projetos para o atendimento de demandas sociais , desenvolvendo projetos de extensão a partir da vivência nas organizações e comunidade;
    4. Estimular o trabalho e a aprendizagem em grupo a partir de metodologias ativas e dos estudos obtidos em cada semestre.

    Além disso, como componente curricular, o projeto integrador exige acompanhamento, orientação e avaliação docente.

    Sua estrutura deve atender a um ciclo evolutivo de aprendizagem, com aprofundamento dos conteúdos a cada semestre. “Sempre levando em conta as especificidades dos cursos e o perfil profissional que se pretende formar”, completa Pascottini.

    Por Luiz Eduardo Kochhann

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