Edtech: o que é, como funciona e qual a situação no Brasil

Redação • 2 de julho de 2021

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    Formado da união das palavras educação (education) e tecnologia (technology), o termo edtech pode ser entendido ao pé da letra: refere-se às empresas que desenvolvem tecnologias para a educação .

    Isso significa que a principal característica de uma edtech é a aplicação sistemática de processos inovadores que facilitam a aprendizagem e aprimoram os sistemas educacionais, segundo definição do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) e da Associação Brasileira de Startups (Abstartups).

    Ou seja, não englobam apenas startups – empresas que estão em seu início, sem plano de negócios ou produto completamente definido. Empreendimentos de operação consolidada também podem ser consideradas edtechs. Não por acaso o Mapeamento Edtech 2020 , estudo realizado pela Abstartups e CIEB, mostra que 41% delas têm mais de seis anos de mercado.

    Os produtos e serviços oferecidos pelas edtechs tampouco estão restritos ao ensino e à aprendizagem. O portfólio dessas companhias também inclui recursos de gestão pedagógica e financeira de escolas e universidades, que aumentam a eficiência administrativa.

    Ou seja, as edtechs oferecem soluções diversas como ambiente virtual de aprendizagem (AVA) , laboratórios virtuais , jogos educativos, cursos online, ferramentas de gestão administrativa e financeira, plataformas de avaliação , bibliotecas digitais, ferramentas de tutoria, conteúdo para educação a distância (EAD), recursos de realidade virtual e aumentada. E muito mais.

    Em 2020, o mercado global de edtechs teve uma receita estimada em US$ 186 bilhões, segundo o EdTechX Global Report.

    A cara das edtechs no Brasil

    O Mapeamento Edtech 2020 encontrou 566 empresas em atividade no Brasil . Isso significa um aumento de 26,1% na comparação com a pesquisa anterior, realizada em 2019, quando foram identificadas 449 companhias.

    Atualmente, a maioria (58,7%) das edtechs está localizada na região sudeste. O estado de São Paulo é quem lidera o ranking: quase quatro em cada dez edtechs são paulistas.

    A região sul é outro polo de desenvolvimento de tecnologias para a educação, sendo a casa de duas em cada dez empresas. Depois vem o nordeste (10,4%), o centro-oeste (8%) e o norte (2,3%).

    As edtechs atuam desde a educação infantil (4,4%) até o ensino superior (11%). Embora a educação básica (32,2%) seja o principal foco, muitas edtechs ocupam mais de um segmento, como educação básica e ensino superior em conjunto (22,9%). Há ainda aquelas voltadas à educação corporativa e cursos preparatórios e de idiomas.

    Quanto ao modelo de negócios , a metade aposta no SaaS (Software as a Service), programas e soluções de tecnologia fornecidos pela internet. Nesse caso, o cliente não precisa instalar hardware ou softwares, acessando o produto via conexão em rede. Em geral, os produtos são plataformas (46,8%), ferramentas (26%) e conteúdos online (12,4%).

    O momento das edtechs

    A eclosão da pandemia de Covid-19 trouxe impactos negativos para diversos setores. Não foi diferente na educação, onde o isolamento social criou desafios para a manutenção das aulas. A boa notícia é que as edtechs responderam rapidamente às demandas das instituições de ensino e possibilitaram a continuidade da educação ao redor do mundo.

    Conforme o Mapeamento Edtech, 63,8% das edtechs mantiveram ou aumentaram seu faturamento no ano de 2020. E a grande maioria (88,8%) não tiveram necessidade de fazer demissões durante a pandemia. Na verdade, 40% das edtechs aumentaram o volume de contratações.

    Ao mesmo tempo, o período de isolamento social abriu as portas do setor público para as tecnologias da educação. Se antes o mercado estava focado em instituições particulares, hoje 12,9% das edtechs declaram que já venderam suas soluções para escolas e universidades públicas.

    Como explicou a diretora-presidente do CIEB, Lúcia Dellagnelo, ao jornal Folha de São Paulo , a chegada ao setor público é uma tendência que depende da oferta cada vez maior de soluções completas e abrangentes. “Quanto mais específico for (o produto) , mais difícil será a sua incorporação (às instituições públicas) ”, disse Dellagnelo.

    Nota do editor : Esta é a terceira de uma série de reportagens sobre termos, siglas e conceitos comuns no ensino superior brasileiro. O primeiro texto abordou o funcionamento e a importância do IGC ; o segundo explorou o CPC. Os próximos textos vão explicar o mecanismo e a importância do Enade, do IDD, do e-MEC, do Prouni, so Fies e do CI.

    Por Redação

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