Como avaliar melhor no ensino superior? Diego Weiland responde

Redação • 14 de abril de 2025

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    Diego Weiland é especialista em soluções tecnológicas para o ensino superior e acompanha de perto a evolução da Plataforma de Avaliações da Plataforma A. Nesta entrevista ao portal Desafios da Educação, ele fala sobre qualidade, equidade, segurança, inteligência artificial e uso estratégico dos dados em avaliações acadêmicas.


    Desafios da Educação — Quais fatores tornam desafiadora a promoção de qualidade e equidade nas avaliações em larga escala?


    Diego Weiland — Essa é uma pergunta com múltiplas camadas. Não dá pra resumir em uma resposta só. Envolve o componente pedagógico, o acesso à tecnologia, a transparência do processo e, claro, a experiência do estudante. Cada aluno vem de um contexto diferente. Então, o que é “qualidade” para um, pode não ser para outro. É preciso garantir condições técnicas adequadas, com acessibilidade e estabilidade, e dar segurança para que o aluno se concentre na prova — e não no computador travando. E depois? Os resultados precisam gerar planos de ação, senão não faz sentido.


    O que é necessário para garantir justiça nas avaliações entre diferentes modalidades de ensino?


    O ponto central é que os estudantes não têm a mesma bagagem. Por isso, a avaliação precisa fazer sentido para quem está respondendo. A clareza nos critérios e a coerência com os conteúdos trabalhados ao longo do curso são essenciais. E mais: avaliação não é só prova. Métodos mistos, como atividades contínuas e online + presencial, ajudam muito. Quando a instituição tem um corpo docente preparado e um sistema com margem para alguma flexibilidade, sem perder a padronização, o resultado é um desempenho mais equilibrado.


    Que práticas garantem segurança e integridade nas avaliações realizadas em polos?


    Muita gente acha que segurança é só tecnologia, mas não é. Tem planejamento, pessoas, protocolos. Treinamento das equipes, padronização dos processos, monitoramento das aplicações em tempo real e auditorias transparentes são peças-chave. E mesmo com tudo isso, imprevistos acontecem: queda de energia, manifestação, atraso na entrega. Aí entra o protocolo de resposta a incidentes — ele precisa estar pronto e testado.


    Onde estão as principais falhas nos processos avaliativos hoje — e como superá-las?


    Alguns erros são recorrentes e comprometem tudo. Vou listar os mais críticos:


    • Falta de clareza nos critérios e no formato da avaliação;
    • Ausência de feedback real ao estudante — só nota não é feedback;
    • Instabilidade na plataforma, que frustra quem já está nervoso;
    • Parametrizações mal feitas, que geram falhas técnicas e atrasos;
    • Questões desalinhadas ao conteúdo, que geram desconfiança e recursos.


    Uma ferramenta robusta ajuda a evitar tudo isso — desde que usada com planejamento e capacitação.


    De que forma é possível manter critérios padronizados entre diferentes formatos de prova?


    O segredo está em manter os mesmos objetivos de aprendizagem, critérios de correção e coerência nas questões, mesmo que o formato mude. Ter uma plataforma única para todas as modalidades facilita muito. E a comunicação clara dos critérios ao estudante faz toda a diferença.


    Que papel a inteligência artificial pode desempenhar nas avaliações?


    A IA vem ganhando espaço, especialmente na criação de perguntas e na correção de questões discursivas com base em rubricas. A geração automatizada de questões pode ser útil, desde que revisada com cuidado. O potencial está na personalização em larga escala — adaptando o conteúdo ao perfil do estudante. Na correção, a IA ajuda com agilidade e consistência, liberando o professor para tarefas mais estratégicas. Mas, claro, ainda há limitações — e precisa ter responsabilidade no uso.


    O que não pode faltar no uso pedagógico dos dados avaliativos?


    A prova não termina na aplicação. É depois que o trabalho começa. Com os dados em mãos, dá pra mapear o desempenho por curso, por polo, por disciplina. Isso permite identificar gaps e ajustar tanto o plano de ensino quanto o modelo de aplicação. Também ajuda a preparar formações mais direcionadas para os professores e monitorar a retenção dos estudantes. A avaliação, quando bem usada, vira uma aliada da aprendizagem.


    Quais indicadores ajudam a medir a qualidade do processo avaliativo?


    Avaliação também precisa ser avaliada. E alguns indicadores ajudam muito nisso:


    • Aderência das questões ao conteúdo trabalhado em aula;
    • Engajamento dos estudantes — pouca adesão distorce os resultados;
    • Estabilidade e fluidez no acesso à avaliação;
    • Qualidade da aplicação, desde logística até a correção.


    Quando essas métricas são acompanhadas com regularidade, a instituição consegue ajustar o processo e fortalecer a confiança nos resultados.


    Diego Weiland é especialista em soluções educacionais e atua como gerente da Plataforma de Avaliações da Plataforma A.

    Por Redação

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