Evasão bate recordes no ensino superior

Redação • 25 de janeiro de 2022

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    As instituições de ensino superior (IES) sempre tiveram a evasão como uma antagonista. A pandemia de covid-19 agravou o quadro, elevando o índice de abandono do mundo acadêmico a patamares históricos.

    Em 2021, a taxa de evasão chegou aos 36,6% nas modalidades de ensino a distância (EaD) e presencial. O percentual equivale a 3,42 milhões de alunos, segundo dados do Semesp, instituto que representa as mantenedoras de ensino superior no Brasil. O resultado foi pior só em 2020, quando 3,78 milhões de alunos largaram seus cursos.

    Levando em conta apenas o EaD, os números assustam ainda mais. No ano passado, houve 43,4% de evasão nessa modalidade. Para se ter uma ideia, em 2020, no auge da pandemia, o percentual foi de 40%, abaixo do registrado em 2021.

    A evasão em alta impacta diretamente na saúde financeira das instituições.

    Veja, abaixo, quais são as causas da evasão e como lidar com elas:

    Quem são esses estudantes

    O perfil dos alunos que deixam os estudos acadêmicos é quase sempre o mesmo: pessoas em situação de vulnerabilidade social. Geralmente, são estudantes que precisam trabalhar – segundo dados da consultoria Educa Insights, eles representam 57% dos alunos do ensino superior.

    Em entrevista ao portal G1 , o diretor-executivo do Instituto Semesp, Rodrigo Capelato, explica o porquê da evasão universitária entre essa população. “A maioria estuda à noite. E tiveram perda de emprego, ou perda de renda por trabalho informal. Eles não conseguiam mais pagar a mensalidade”, disse.

    Além disso, houve a migração do presencial para o EAD durante a pandemia. Isso exigiu certa estrutura de instituições e alunos para a realização das aulas remotas, o que, em muitos casos, acabou dificultando o acesso ao ensino.

    Outros fatores

    O aconselhamento vocacional é uma prática que deixa muito a desejar no ensino médio. Com isso, muitos estudantes abandonam os cursos por não saberem qual caminho profissional seguir.

    A insatisfação do aluno com a sua universidade também é um motivo para a evasão. O discente não espera apenas por conteúdo, mas por um conjunto de fatores que gerem oportunidades de aprendizagem mais dinâmicas.

    Além disso, o bem-estar do corpo docente deve ser levado em consideração para fins de retenção. Os professores possuem contato direto com os alunos. Engajá-los na excelência do ensino é imprescindível.

    Impactos da evasão nas IES e na sociedade

    A falta de recursos afeta as IES assim como aos estudantes. A evasão de alunos compromete o orçamento, impedindo o investimento em ensino de qualidade e melhorias na infraestrutura.

    O ensino superior no Brasil está longe de ser o cenário ideal. Apenas 18% dos jovens de 18 a 24 anos estão em universidades. Capelato, do Semesp, afirma que para um país desenvolvido, é necessário que cerca de 2/3 da população tenha escolaridade superior. Ou seja, a perda de alunos é um desafio que extrapola as IES, interessando à sociedade em geral.

    Como combater a evasão

    A melhor forma de lidar com a evasão universitária é a prevenção. Não basta somar esforços para atrair novos alunos, é necessário que a IES consiga trabalhar para manter seu corpo estudantil.

    Nem sempre os motivos que levam ao abandono dizem respeito à faculdade. Entretanto, é importante entender que a satisfação do aluno com a instituição pode ser um fator determinante para a sua permanência.

    Nesse sentido, é fundamental investir em direcionamento profissional, materiais didáticos de qualidade, canais de comunicação, boa gestão e incentivo financeiro através de descontos e bolsas de estudo.

    Além disso, o combate à evasão universitária passa por colocar o aluno como protagonista. Suas demandas devem ser levadas em conta para que a experiência acadêmica o leve a alcançar seus objetivos.

    Por Redação

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