Qual é a tecnologia por trás do ChatGPT?

Ana Carolina Stobbe • 5 de junho de 2023

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit

Acompanhe

    O ChatGPT é uma inteligência artificial (IA) generativa criada pela empresa OpenAI. Lançada em novembro do ano passado, a ferramenta se popularizou rapidamente, atingindo 100 milhões de usuários em seus primeiros dois meses de existência.

    Sob o formato chatbot, ou seja, um software que simula a fala humana e é capaz de “bater papo” com usuários, o ChatGPT tem como objetivo funcionar como um assistente virtual.

    Apesar de a intenção ser boa, surgiram diversos questionamentos sobre o uso desse tipo de plataforma – principalmente quando estudantes recorreram a ela para “colar” em provas e tarefas escolares.


    O que é inteligência artificial generativa?

     

    A inteligência artificial generativa é uma tecnologia capaz de gerar conteúdo original . No caso do ChatGPT, isso acontece no formato de texto, mas outras ferramentas possibilitam a geração de imagens ou músicas, por exemplo.

     

     

    Por trás disso, está a aprendizagem de máquina – do inglês, machine learning. Ou seja, a tecnologia pesquisa em uma base de dados já existente para fazer suas “criações” e também é treinada à medida que entra em contato com novas informações enviadas pelos próprios usuários durante as interações. É por isso que a IA generativa está em constante atualização.

     

    Como a IA generativa funciona?

    Um dos principais recursos utilizados pelos criadores de inteligências artificiais é aquilo que se chama de “redes generativas adversariais” (GAN, na sigla em inglês).

    Essa técnica é dividida em dois segmentos:

    Gerador: responsável por criar novos exemplos para serem utilizados pela IA.

    Discriminador: realiza a checagem de fatos da IA, avaliando a qualidade dos novos exemplos gerados e verificando se coincidem com dados reais.

    O GAN é um processo interativo entre essas duas ferramentas. O discriminador recebe amostras aleatórias que classifica como verdadeiras ou falsas. Ao concluir esse processo, é enviada uma espécie de feedback ao gerador, que passa a ser ajustado para melhorar a qualidade dos exemplos criados por ele.

    Quais os desafios criados pela IA generativa?

    Embora essa ferramenta funcione de maneira a gerar as respostas mais fidedignas possíveis, a IA generativa tem alguns problemas.

    Entre eles:

    Compreensão de texto

    Nem sempre a inteligência artificial consegue compreender completamente os comandos efetuados, principalmente quando é exigido um conhecimento contextual sobre o tema. Dessa forma, podem ser geradas respostas incorretas ou imprecisas.

    Vieses

    Dados não são neutros. Eles refletem o pensamento da sociedade que os produz – incluindo preconceitos. Como a IA é treinada com base nessas evidências e não tem a capacidade de questioná-las, há o risco de que produza informações enviesadas.

    Atualização dos dados

    As bases de dados fornecidas para o treinamento da IA são verificadas periodicamente, não constantemente. No caso do ChatGPT, por exemplo, até o momento são utilizadas apenas informações disponibilizadas até setembro de 2021.

    Há, ainda, uma questão ética por trás dessa tecnologia – como a transparência sobre a origem dos dados utilizados na sua construção. Nesse contexto, na Europa, por exemplo, está sendo criada a primeira lei para regulamentação da inteligência artificial, chamada “ AI ACT ”. O projeto legislativo foi aprovado por duas comissões do Parlamento Europeu, com o acréscimo de emendas. O texto traz trechos dedicados ao formato generativo.

    O futuro da IA generativa

    Recentemente, o Google anunciou que utilizará a IA generativa em seus mecanismos de busca. A ideia é que ao responder uma pesquisa do usuário (como a pergunta “o que é ChatGPT?”), o Google já entregue as principais informações sintetizadas em um texto resumido, apontando os links que serviram como referência para o resultado.

     

    O mecanismo de buscas já utiliza IA em algumas ferramentas. É o caso do Google Tradutor, que melhorou suas traduções e a compreensão contextual das frases digitadas à medida que os usuários foram incrementando suas bases de dados. Mas a utilização do sistema generativo é algo inteiramente novo – e que promete tornar as pesquisas mais precisas no futuro.

     


    Por Ana Carolina Stobbe

    Gostou deste conteúdo? Deixe seu comentário abaixo ou compartilhe com seus amigos!

     Categorias

    Ensino Superior

    Ensino Básico

    Gestão Educacional

    Inteligência Artificial

    Metodologias de Ensino

    Colunistas

    Olhar do Especialista

    Eventos

    imagem

    Conteúdo Relacionado

    Share by: