As ideias de Michael Crow, a mente por trás da universidade mais inovadora dos EUA

Redação • 16 de fevereiro de 2021

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    Michael Crow foi participante do 22° FNESP. Créditos: Divulgação.

    “Precisamos desenvolver um modelo totalmente diferente para pensar o ensino superior.” A provocação é de Michael Crow, presidente da Arizona State University  (ASU) – que há anos ocupa o título de universidade mais inovadora dos Estados Unidos , superando as consagradas Stanford e MIT, segundo levantamento setorial do US News & World Report.

    Educador e estudioso de políticas de ciência e tecnologia, Crow participou em outubro passado do 22° Fnesp (Fórum Nacional do Ensino Superior Particular). Durante o evento, realizado virtualmente, lamentou que muitas IES não exploram devidamente o papel de agentes de transformação em países emergentes como o Brasil.

    “Infelizmente, o sistema de ensino superior ainda é muito elitista e desenvolvido com base na noção de seletividade, com IES isoladas e muito focadas em si mesmas, sem uma percepção da sociedade que as cerca. O resultado é a disparidade de acesso ao ensino superior de qualidade , gerando disparidades econômicas e sociais”, disse Crow.

    Ao longo da apresentação, Michael Crow também compartilhou as lições aprendidas em quase duas décadas à frente da ASU – uma universidade pública do estado do Arizona (EUA), cuja matriz está localizada na cidade de Tempe.

    Crow, desde julho de 2002, é o décimo sexto presidente da universidade. Ele também é autor de Designing the New American University (Projetando a Nova Universidade Americana, em tradução livre), livro que propõe às universidades americanas um modelo mais inovador de ensino.

    A história da ASU

    Nos últimos 10 anos, sob liderança de Crow, a ASU virou um império: dobrou o investimento em pesquisa e ganhou notoriedade por seu crescimento notável. Contrariando a tendência de queda no número de alunos, devido à pandemia, a universidade do Arizona registrou um aumento de 7,1% no total de matrículas em 2020.

    A ASU tem 117 mil alunos , segundo a imprensa local.

    A instituição utiliza uma abordagem interdisciplinar focada em soluções para pesquisa, empreendedorismo e desenvolvimento econômico – através de estágios e estudos no exterior, bem como na construção de currículos em que os alunos aplicam soluções em colaboração com organizações privadas.

    Campus da Arizona State University em Phoenix.

    Para chegar até aqui, a ASU passou por uma transformação que envolveu aumentar seus programas de graduação online, produzir mais pesquisas, construir um campus central e reduzir o custo de obtenção de um diploma.

    No Fnesp, Crow resumiu a transformação em três pontos.

    1. Todos devem ter chances iguais de acesso ao ensino superior , “sem essa ideia de medir o sucesso com base em quem é incluído ou excluído”.
    2. É preciso mudar a cultura das IES. As instituições de ensino superior são criadas para os alunos e a comunidade, não para o corpo docente. Não raro, o foco é o contrário. E isso deve mudar. “Quando [o foco são os alunos e a comunidade], toda a IES muda”, afirmou.
    3. Mudança no conceito de tempo. “Perdemos a noção do tempo há anos e precisamos trabalhar de forma mais ágil e rápida, de acordo com a velocidade das transformações sociais”, diz o presidente da ASU.

    Por Redação

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