Pós-graduação: o papel do setor de carreiras nas instituições de ensino

Ricardo Ponsirenas • 21 de setembro de 2021

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    A lacuna entre as expectativas de mercado e o preparo para a atuação profissional dos egressos de graduação é um desafio para os programas de pós-graduação. Eles devem construir uma nova base de conhecimento e ainda ajudar os estudantes a se posicionarem profissionalmente.

    Segundo uma pesquisa recente divulgada pela Educa Insights , os gestores das IES e os empregadores ouvidos divergem em relação ao preparo para o mercado de trabalho dos egressos da graduação. A grande maioria dos gestores acadêmicos (69%) afirma que os egressos chegam com um nível de preparo alto para o mercado de trabalho. Quanto aos empregadores, apenas 39% concordam com essa afirmativa.

    No meio dessa lacuna estão os estudantes.

    É notório que o meio acadêmico vem se esforçando para mudar essa realidade. As iniciativas para aproximar as empresas da sala de aula estão cada vez mais presentes. É comum as instituições promoverem semanas de palestras com profissionais do mercado, celebrar convênios com dezenas de empresas da sua região e tentar organizar formas de inserir o aluno no mercado de trabalho, como divulgação de vagas, por exemplo.

    A verdade é que as IES já entenderam que o tema da empregabilidade é importante para o aluno e está cada vez mais presente entre os fatores de decisão de matrícula. Isso não é um fenômeno exclusivo do Brasil.

    O que os alunos querem

    Uma pesquisa publicada pela Education Dynamics no início desse semestre mostra que a preocupação com a carreira é um dos principais fatores na decisão de matrícula de alunos de graduação e pós-graduação nos Estados Unidos . Os serviços de carreira são apontados como o mais importante serviço prestado pelas instituições.

    Entender o que é importante para o aluno talvez seja o ponto mais importante na discussão sobre os serviços e produto que as IES oferecem. Uma transformação silenciosa que vem acontecendo nos últimos anos é a mudança da motivação dos alunos que buscam um curso no nível superior, especialmente na pós-graduação Lato Sensu.

    Já citei em outro artigo uma pesquisa da Expertise Educação sobre o Panorama da Pós-graduação , publicada em dezembro do ano passado. Essa pesquisa mostra que os alunos da pós buscam o curso por alguma necessidade de carreira. Seja ganhar um aumento, se preparar para mudar de emprego, ou mesmo fazer uma transição de carreira.

    Como se dá na prática

    Na prática, para a maioria dos alunos, a pós-graduação Lato Sensu é uma ferramenta para se alcançar esse movimento profissional e, para ajudar esses estudantes, é necessário aprimorar os serviços de carreira . Mais do que aprimorar: as instituições precisam integrar os serviços de carreira ao dia a dia do curso . Conectar esses serviços aos temas que o aluno está estudando.

    O departamento de carreiras das instituições devem ir além da busca de convênio com empresas, divulgação de vagas e palestras. É preciso criar oportunidades e ferramentas que vão permear o programa acadêmico. De modo que cada etapa do curso faça sentido para o aluno do ponto de vista do seu objetivo: a conquista dos seus objetivos profissionais.

    Por fim, essa é uma mudança de paradigma de produto importante. Os gestores acadêmicos precisam incluir outros pontos de vista na concepção dos cursos, e permitir que essa contribuição ajude a construir uma solução que integre de verdade a atualização do profissional. Isso se dá por meio de um conteúdo atualizado e consistente. Além de mecanismos que ajudem o aluno a conquistar seus objetivos.

    Por Ricardo Ponsirenas

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