Transformação digital, sustentabilidade e reset no ensino superior: os destaques do Fnesp 2020

Redação • 11 de novembro de 2020

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    Discutir o futuro do ensino superior em tempos de pandemia e aceleração das transformações. Essa foi a missão do Fnesp 2020, maior fórum sobre educação superior da América Latina. 

    A 22ª edição do evento ocorreu entre 27 e 29 de outubro, abordando o tema “Reset no ensino superior” . Essa foi a primeira vez que o Fnesp aconteceu de forma online.

    Em um cenário completamente atípico, o evento trouxe ao palco virtual a questão das mudanças nos modelos de ensino. Confira, a seguir, os destaques do Fnesp 2020

    Pela primeira vez o maior fórum sobre educação superior da América Latina aconteceu de forma virtual. Crédito: Guilherme Veloso/Semesp

    Revolução na aprendizagem

    Na primeira palestra do Fnesp 2020, o professor e pesquisador inglês Alex Beard ressaltou a importância da função dos professores. Para ele, ensinar é a grande profissão do século 21 . Um posicionamento que vai na contramão das discussões atuais sobre como a inteligência artificial pode automatizar algumas profissões, inclusive a do docente.

    Ao longo de sua fala, Beard reforçou a utilidade da tecnologia enquanto ferramenta de suporte. Mas citou casos que demonstram como esse recurso sempre vai depender de um ser humano. “A tecnologia ajuda e amplia a aprendizagem”, afirmou.

    Transformação Digital

    Especialistas debatam como fazer a transformação digital no cenário pós-covid-19.

    Para falar sobre transformações digitais , o Fnesp contou com três especialistas no assunto.

    Um deles foi Ben Nelson, presidente e CEO da Minerva Project, uma rede multinacional focada em modelos disruptivos de ensino. Nelson estimulou as IES a reverem seus processos educacionais. Ele acredita que o modelo atual não resulta em promoção de sabedoria e em aplicação do conhecimento em vários domínios. “As instituições de ensino superior devem se perguntar: “vamos persistir em um modelo que não funciona mais ou vamos inovar?”.

    Já Joaquím Guerra, vice-reitor Acadêmico e de Inovação Educacional do Instituto Tecnológico de Monterrey, no México, apresentou o modelo de ensino da instituição. Adotada há cerca de oito anos, a estratégia propõe um forte uso de novas metodologias e inovações tecnológicos em sala de aula – como aprendizagem personalizada, efeitos de holograma e realidade aumentada e virtual.

    Por fim, o CEO da Faculdade Descomplica, Daniel Pedrino, destacou os pilares da sua instituição. Essas bases incluem empregabilidade e um ensino leve e colaborativo, sempre com foco nas habilidades e competências dos alunos.

    Universidade mais democrática

    Michael Crow defendeu o reset no modelo do ensino superior durante palestra do FNESP 2020.

    Michael Crow, presidente da Arizona State University, criticou a dificuldade das IES em acompanharem os processos de modernização. Para ele, as instituições não exploram devidamente seu papel como poderosos agentes de transformação para o avanço da democracia – seja nos Estados Unidos ou em nações emergentes, como o Brasil.

    “Infelizmente, o sistema de ensino superior ainda é muito elitista e desenvolvido com base na noção de seletividade. As IES ficam isoladas e muito focadas em si mesmas, sem uma percepção da sociedade que as cerca”, disse Crow.

    Sustentabilidade no ensino superior

    O Fnesp 2020 trouxe uma palestra nacional e outra global sobre os impactos da crise provocada pela covid-19 na sustentabilidade do ensino superior.

    Naércio Menezes Filho, economista e pesquisador do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), apresentou uma série de dados sobre o ensino superior brasileiro. Já Scott Carlson, escritor sênior do jornal The Chronicle Higher Education, abordou os desafios internos e externos para a sustentabilidade das IES.

    Naércio Menezes Filho, do Insper, e Scott Carlson do The Chronicle Higher Education no Fnesp 2020.

    Redes de comparação

    Durante esse painel, Maria Helena Guimarães de Castro, presidente do Conselho Nacional da Educação (CNE), Luiz Roberto Liza Curi, conselheiro e ex-presidente do CNE, e Ruy Guérios, da Eniac, destacaram os benefícios de compartilhar experiências e dificuldades.

    Os palestrantes também ressaltaram que o trabalho colaborativo é imprescindível para a sustentabilidade das instituições de ensino superior.

    Mindset das IES

    O evento trouxe, ainda, uma série de palestras no formato TED. O objetivo dessas intervenções foi discutir novas formas de educação. As falas buscaram instigar gestores de instituições de ensino a romperem com o convencional e abrirem espaço para as inúmeras inovações que o mercado já disponibiliza.

    Por Redação

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