Do planejamento à execução: como uma ferramenta de gerenciamento transforma o processo avaliativo

Redação • 26 de março de 2025

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    O trabalho de um (a) professor (a) não termina quando a aula acaba. 


    Você deve ter perdido a conta de quantas vezes já ouviu isso, não? O fato é que, para quem atua na área da educação, o que acontece dentro da sala de aula é “apenas” a ponta do iceberg de uma atividade que envolve planejamento, reuniões pedagógicas, atendimento aos alunos e atualização constante. O trabalho não só não termina junto com a aula, como começa bem antes dela. 


    Entre as diversas demandas da rotina docente, as relacionadas ao processo avaliativo se destacam não apenas pela quantidade de tempo e dedicação que exigem, mas também por seu alto nível de complexidade. Desde a criação de instrumentos capazes de mensurar a aprendizagem até a correção criteriosa e a devolutiva aos alunos, cada etapa requer planejamento, análise e, muitas vezes, adaptações. Além disso, a necessidade de diversificar estratégias para atender a diferentes perfis de estudantes torna tudo ainda mais desafiador. 


    Felizmente, a tecnologia tem se mostrado uma aliada bastante útil para otimizar esse processo. E os professores não são os únicos beneficiados: graças a ela, as instituições de ensino superior (IES) conseguem proporcionar avaliações mais equitativas e confiáveis, garantindo, assim, que os estudantes tenham uma visão abrangente de seu rendimento acadêmico. 


    Neste texto, você vai descobrir de que modo a Plataforma de Avaliações, solução da Plataforma A voltada para o gerenciamento do processo avaliativo, pode revolucionar o modo como sua IES planeja, executa e monitora esse momento tão importante da aprendizagem. 


    Uma breve contextualização 


    O processo avaliativo sempre foi um dos grandes gargalos das instituições de ensino superior. Nos últimos anos, porém, esse desafio se tornou ainda mais complexo — e por duas razões, basicamente. 


    A primeira está ligada à evolução da própria aprendizagem. A necessidade de personalização do ensino  e de desenvolvimento de competências multidisciplinares se refletiu na adoção de metodologias mais condizentes com a realidade dos estudantes. Logicamente, os modelos de avaliação precisaram se adaptar às novas demandas, para contemplar diferentes estilos e ritmos de aprendizado. 


    O outro fator é o expressivo aumento no número de matrículas nas IES. De acordo com o último Censo da Educação Superior, divulgado em outubro do ano passado pelo Ministério da Educação (MEC), em 2023, o Brasil registrou 9,9 milhões de novos estudantes em cursos de graduação — o maior número em quase uma década. 


    Metade dessas matrículas vem da educação a distância  (EaD), que teve um verdadeiro boom, especialmente durante a pandemia. Como consequência direta desse crescimento, entre 2018 e 2024, o número de polos da modalidade saltou de 15 mil para 47 mil


    Se por um lado a educação ficou mais acessível, por outro, a proliferação de polos trouxe questionamentos sobre a qualidade do ensino oferecido, a ponto de o MEC estabelecer novas regras para a EaD. E um dos aspectos mais criticados se refere justamente à eficácia das avaliações

     

    Para as IES, esse se tornou um ponto sensível desde então. Afinal, é possível crescer sem comprometer a qualidade do processo avaliativo? Como atender equitativamente múltiplos polos, muitas vezes localizados em cidades distantes? 


    A complexidade do processo avaliativo no ensino superior 


    À medida que as IES expandem suas atividades, o desafio de criar avaliações alinhadas aos objetivos institucionais também aumenta. Em larga escala, a padronização é a melhor maneira de garantir que todos os estudantes, independentemente de curso, região ou plataforma de ensino, sejam avaliados com os mesmos critérios e oportunidades. 


    Alguém poderia questionar: mas a padronização não vai contra a ideia de personalização? Não necessariamente. A uniformidade é o que assegura a isonomia e a confiabilidade nos processos avaliativos, como explica a coordenadora de Negócios da Plataforma A, Raphaela Novaes


    Quando bem aplicada, a padronização melhora a comparabilidade dos resultados, permitindo diagnósticos mais precisos sobre a aprendizagem. No entanto, há um risco de engessamento, limitando a personalização da avaliação. Costumo brincar que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose, e isso serve para processos avaliativos também”, afirma ela. 


    A dose certa, diz Novaes, está em um meio-termo. Para isso, ela considera essencial utilizar alguns recursos, como a Teoria da Resposta ao Item (TRI) — falaremos sobre ela mais adiante — e plataformas de avaliação digital


    A importância de uma ferramenta de gerenciamento na avaliação acadêmica 


    A busca pelo equilíbrio também exige a colaboração entre os diferentes atores educacionais. Professores, coordenadores e alunos precisam estar alinhados para que as avaliações atendam aos objetivos de aprendizado definidos. 


    Nesse contexto, ferramentas de gerenciamento têm um impacto significativo, já que reduzem a carga administrativa. “As plataformas permitem ter um maior controle sobre a aplicação e análise de resultados, avaliações adaptativas e também a diminuição do trabalho operacional, de modo que o professor possa concentrar sua energia no processo avaliativo mais personalizado”, observa Raphaela Novaes. 


    De acordo com o coordenador de Negócios da Plataforma A, Diego Weiland, promover qualidade e equidade em avaliações de grande escala no ensino superior requer uma visão ampla. Não basta incluir o componente didático-pedagógico: também é preciso haver transparência e um esforço contínuo para aprimorar a experiência e a interpretação dos resultados — que, por sua vez, irão orientar o plano de ação da IES 


    Além disso, há uma série de situações que podem gerar problemas no processo avaliativo. Algumas mais, outras menos, mas todas de alguma forma prejudicam sua credibilidade. 


    Segundo Weiland, as falhas mais comuns no processo avaliativo são: 

     

    • Falta de transparência e padronização no formato de avaliação e critérios; 
    • Falta de feedback para os estudantes; 
    • Instabilidade na plataforma de avaliações e integridade dos dados; 
    • Problemas em parametrizações (e logística); 
    • Desalinhamento das questões com o currículo. 


    Um elemento fundamental para evitar esses erros é o acesso à tecnologia. “A IES precisa conhecer o perfil de seus alunos e facilitar as avaliações, com condições de aprovação suficientes e confortáveis. Essas condições incluem soluções que sejam adequadas para uma ampla gama de necessidades, integrando-se a recursos de acessibilidade incorporados a ambientes online e também adequando-se a espaços físicos, quando for o caso”, argumenta o coordenador.


    A Plataforma de Avaliações se destaca como a solução mais completa do mercado para gerenciar avaliações em todos os formatos de ensino: presencial, híbrido e a distância. A plataforma possibilita o ensalamento de toda a instituição com apenas alguns cliques, facilitando a aplicação de avaliações digitais, impressas ou mistas de maneira ágil e prática.

     

    Principais recursos da Plataforma de Avaliações 

     

    • Controle completo de provas presenciais e online, com logística otimizada para ensalamento por curso, turma e período; 
    • Banco de questões integrado com mais de 130 mil itens integrados e alinhados aos padrões Enade, CFC, OAB, entre outros, além da possibilidade de criar ou importar conteúdo exclusivo; 
    • Ferramentas de agendamento que integram o calendário acadêmico e segmentam provas por curso, disciplina ou tema; 
    • Plataforma white label, com personalização de cores e logo da IES; 
    • Divulgação de notas e feedbacks em ambiente voltado para a comunicação em grupo ou individual com alunos; 
    • Inteligência artificial (IA) para correção e monitoramento; 
    • Correção automatizada de questões objetivas; 
    • Sistema de proctoring com biometria facial e comportamental para identificar comportamento irregular; 
    • Detecção de voz e transcrição durante avaliações; 
    • Conexão facilitada com LXP ou LMS via LTI, API e CSV e integração direta com sistemas como Blackboard, Lyceum e Worknow; 
    • Para parceiros da Plataforma A: a plataforma se integra perfeitamente com soluções como SAGAH, Unidades de Aprendizageme objetos imersivos. Com um único fornecedor, sua IES centraliza tecnologias e oferece uma experiência completa tanto para os alunos quanto para os professores. 

     

    Etapas essenciais para uma avaliação eficiente 


    A Plataforma de Avaliações simplifica a logística do processo avaliativo, tornando melhor a gestão dos recursos humanos e financeiros. Do planejamento à aplicação das provas — e as posteriores etapas de correção, feedback e monitoramento de resultados —, tudo pode ser customizado conforme os objetivos pedagógicos da IES, o perfil dos alunos e dos cursos e o formato de ensino. 


    A seguir, vamos detalhar as principais funcionalidades da Plataforma de Avaliações, mostrando de que maneira elas contribuem para tornar o gerenciamento das avaliações mais eficiente. 


    Criação e curadoria do banco de questões


    Quando amplo e abrangente, o banco de questões é uma verdadeira “mão na roda”. Ele dá celeridade à montagem das provas e consistência à aplicação dos exames, evitando disparidades entre diferentes polos.

    O acervo deve ser facilmente adaptado a diferentes modalidades, de modo a assegurar que os padrões da IES serão mantidos em todas as avaliações. “Bancos de questões bem elaborados, com rigor acadêmico, podem apoiar os professores nesse sentido, fazendo com que consigam focar na parte menos operacional do processo avaliativo”, diz Novaes. 


    Um número expressivo de questões pode impressionar, mas de nada adianta se o conteúdo não estiver conectado com as necessidades da formação e dos estudantes.

     

    “Ter um banco organizando as questões em competências e habilidades é muito interessante, desde que esse mapeamento reflita dentro dos cursos também”, pondera Weiland. 

      

    Outro ponto que merece destaque, segundo ele, são os mecanismos de identificação do grau de dificuldade, para criar avaliações mais equilibradas: “Utilizar opções além da tradicional múltipla escolha é uma ideia muito boa para a estruturação do seu banco. Perguntas dissertativas são importantes e desafiam o estudante”. 

     

    Depois de criadas, as questões precisam ser organizadas por disciplinas, cursos, tags etc. Isso ajuda a mensurar os volumes e também identificar eventuais gaps. 


    Na Plataforma de Avaliações, a quantidade é proporcional à diversidade e à qualidade dos itens avaliativos. A plataforma conta com um banco de questões atualizado regularmente pela equipe de conteúdos, com mais de 130 mil questões integradas e alinhadas aos padrões do Enade, CFC, OAB e outros, além de simulados completos. 

    “O banco funciona para todas as modalidades e polos — ou seja, se adapta a todos os tipos de estruturas. E, mesmo o conteúdo criado com IA passa por uma camada técnica de qualidade, sendo avalizado por professores doutores e pela TRI”, observa a gerente de Negócios da Plataforma A, Daniela Hauser


    Após a publicação de novos exames pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e outras entidades educacionais, as questões são adicionadas ao banco — dessa forma, as IES podem ter acesso a material constantemente atualizado. Os professores também têm a opção de criar ou importar questões exclusivas, garantindo a personalização total do processo avaliativo. 


    Com um acervo tão rico, é possível criar avaliações de alto padrão, atendendo aos mais diferentes perfis de aprendizagem. “Um banco de questões bom é um banco de questões vivo. Dedique tempo para atualizar as questões com frequência”, recomenda Weiland. 


    Definição de metodologias e formatos 


    A diversidade de formatos e metodologias desempenha um papel fundamental na mensuração do conhecimento e das habilidades dos estudantes. Enquanto as questões objetivas permitem uma correção mais padronizada, as discursivas estimulam a capacidade de argumentação e pensamento crítico. 


    O acervo da Plataforma de Avaliações é composto por perguntas de múltipla escolha, utilizadas para avaliar o conhecimento de forma ágil e eficiente. É possível randomizar as questões durante a criação da prova, permitindo até mesmo a definição de diferentes pesos para cada uma delas. 


    Já as questões discursivas são criadas pela própria IES. É importante destacar que a plataforma garante a privacidade e o controle total sobre o conteúdo criado. Ou seja, essas perguntas não são compartilhadas com outros clientes. 


    Os professores são treinados para elaborar questões no modelo Enade, com etapas que incluem revisão e aprovação por coordenadores ou equipes dedicadas. Caso necessário, conteúdos que não estejam de acordo podem ser revisados ou descartados. 


    Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 


    A tradicional avaliação do MEC mede o desempenho dos alunos concluintes do ensino superior por meio de questões objetivas e discursivas baseadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). As questões da Platafoma de Avaliações são estruturadas nesse modelo, adotando a taxonomia de Bloom como referência. 


    Raphaela Novaes observa que os dados do Enade oferecem um diagnóstico valioso sobre a aprendizagem. Mas faz uma ressalva: não basta usá-los apenas para classificar a IES, os cursos e os alunos. 

     

    “O primeiro passo para que o Enade seja, de fato, um indicador de qualidade, é envolver os estudantes no processo. Se eles compreendem a importância da avaliação não apenas como um ranking, mas como um meio de qualificação do ensino, tendem a se engajar mais nos processos formativos”, afirma. 

     

    Nesse sentido, estratégias como fornecer feedback estruturado e utilizar plataformas adaptativas para reforço de conteúdos ajudam a reduzir lacunas identificadas nos resultados. Os dados do exame também revelam quais disciplinas ou áreas precisam de suporte pedagógico adicional. 

     

    “Oferecer formação continuada para os professores com base nesses insights pode gerar impactos positivos na aprendizagem”, aponta a especialista. 


    Teoria de Resposta ao Item (TRI) 


    A Teoria de Resposta ao Item é um método estatístico cujo objetivo é verificar a coerência das respostas para estimar a proficiência do aluno, atribuindo pesos diferentes às questões. Para isso, analisa os erros e acertos e determina como diferentes grupos respondem às perguntas, gerando um índice de dificuldade que varia de -4 (mais fáceis) a +4 (mais difíceis). 


    Todas as questões da Plataforma de Avaliações, sejam do banco integrado ou cadastradas pela própria IES, passam por essa análise, desde que tenham sido respondidas por pelo menos 50 alunos. Essa abordagem torna as avaliações mais precisas e justas, refletindo a aprendizagem real dos estudantes. 

    Para Raphaela Novaes, a TRI é um “divisor de águas na avaliação acadêmica”, uma vez que vai além da simples contagem de acertos. Seu grande diferencial é medir não só o que o estudante acertou, mas a probabilidade de ele realmente dominar aquele conhecimento


    “Na prática, isso reduz o impacto do ‘chute’ e melhora a precisão na diferenciação entre alunos com diferentes níveis de proficiência, o que ajuda a pensar em estratégias de aprendizagem posteriores às avaliações, considerando os acertos e erros de cada estudante”, explica a coordenadora. 


    O desafio está na implementação da TRI, já que ela exige um modelo estatístico bem estruturado. “Optar por um banco de questões e um sistema de avaliação já prontos pode otimizar esse trabalho e garantir o sucesso na implementação da Teoria De Resposta ao Item”, sugere Novaes. 


    Logística e distribuição: desafios da gestão em larga escala para múltiplos polos 


    Gerir processos avaliativos em larga escala requer uma operação logística considerável, especialmente para as IES que possuem polos distribuídos em cidades do Interior. Enviar, distribuir e aplicar as avaliações, sejam elas impressas ou digitais, exige medidas de segurança para evitar extravios e fraudes, além de prejuízos aos prazos de correção e divulgação dos resultados


    Isso pode ser assegurado com a criação de fluxos e protocolos de operação, a partir de um controle rigoroso de acesso às impressões, sistemas de rastreabilidade para acompanhar o trajeto das provas em tempo real e lacre de envelopes. Uma boa plataforma de gerenciamento auxilia em todas as etapas do processo, mas é preciso investir também em capacitação. 

     

    “Mais do que o uso correto da tecnologia, medidas de planejamento são fundamentais”, diz Weiland, que elenca alguns tópicos importantes para o sucesso dessa operação. 

     

    7 dicas para dar segurança e integridade às avaliações em múltiplos polos, segundo Diego Weiland 

     

    1. Pessoas precisam estar preparadas para essa operação. Treinamentos e protocolos claros baseados em padronização de processos ajudam a escala a funcionar. Isso inclui professores, funcionários administrativos, monitores, entre outros. 
    2. Essas pessoas são responsáveis pela execução de um planejamento, que precisa estar alinhado entre áreas acadêmicas, operações e tecnologia e logística (quando o modelo de provas impressas é utilizado). Lembre-se: estamos falando de uma operação ampla e colaborativa, que não existirá sem uma comunicação fluida e eficaz. 
    3. A ferramenta de tecnologia que opera tudo isso também precisa ser confiável, entregando valor em parametrizações, identidade e controle de acesso, além de segurança para a infraestrutura. 
    4. Informações relacionadas ao monitoramento das aplicações em andamento são importantes para o acompanhamento da evolução das etapas de avaliação. 
    5. Dentro dos polos, é (e sempre será) importante uma rotina de auditorias aplicável de forma transparente — aleatória, porém organizada. Com ela, você poderá assegurar a integridade das aplicações, além de identificar inconsistências que deverão ser corrigidas. Mesmo que tudo tenha sido planejado e executado de forma equilibrada e funcional, problemas podem ocorrer: às vezes, é uma manifestação que impede os estudantes de realizar a avaliação no polo; em outras, uma queda de energia... Vai acontecer. Você só não sabe quando. 
    6. Portanto, é muito importante contar com procedimentos de resposta a incidentes estruturados e testados. Mantenha a comunicação fluida e direta para estes casos e estabeleça estes protocolos com sua equipe. 
    7. Com estas ações, mais um fluxo de melhoria contínua, seu processo de avaliação em múltiplos polos tende a ser um sucesso para todos. 


    Correção e análise de desempenho: como os dados podem apoiar decisões pedagógicas 


    Na Plataforma de Avaliações, correções e monitoramentos são feitos com auxílio de inteligência artificial, dando celeridade aos processos. No caso de questões objetivas, a correção automatizada é complementada por um sistema de proctoring, que monitora o comportamento dos alunos. Ele inclui biometria facial e comportamental para identificar irregularidades, bem como detecção e transcrição de voz durante as provas.


    “Matrizes de referência e rubricas bem estruturadas ajudam a garantir coerência na correção e na atribuição de notas”, ressalta Raphaela Novaes. Ao combinar essas abordagens, evita-se a subjetividade na correção, assegurando que todos os avaliados sejam julgados com os mesmos critérios e promovendo transparência e equidade no processo. 


    A Plataforma de Avaliações também garante uma melhoria significativa na análise de desempenho. Gestores e professores conseguem acompanhar o progresso dos alunos por meio de relatórios gerados automaticamente, que proporcionam uma visão abrangente das áreas de melhoria e possibilitam intervenções pedagógicas direcionadas. Ou seja, além de otimizar o processo avaliativo, a tecnologia torna a gestão do aprendizado mais precisa e orientada por dados

    Como garantir a equidade na avaliação entre diferentes modalidades 


    Padronizar os critérios de avaliação entre provas presenciais, híbridas e EaD exige um equilíbrio entre consistência e flexibilidade. Dessa forma, é possível assegurar que os objetivos de aprendizagem, os critérios de avaliação e os processos de aplicação e correção sejam os mesmos, enquanto se adaptam os formatos e condições para atender às particularidades de cada modalidade 

     

    Para Weiland, a chave para a padronização bem-sucedida destes critérios é estabelecer uma comunicação clara com os estudantes, alinhada à adaptação dos instrumentos aos seus diferentes formatos. “Estamos falando de modalidades diferentes. Eventualmente, o formato de aplicação desta avaliação também pode ser diferente. Ter uma mesma plataforma de avaliação para todas as modalidades auxilia na exibição destes critérios unificados”, afirma. 


    Gestão de avaliações presenciais 


    O módulo da Plataforma de Avaliações dedicado a provas impressas resolve desafios logísticos, como a organização e distribuição de avaliações. A IES pode organizar os estudantes em salas ou laboratórios, cadastrando locais disponíveis com capacidade e prioridade. O sistema distribui automaticamente os alunos nos espaços indicados. 


    Os coordenadores dos polos têm acesso a perfis exclusivos para gerenciar a impressão e a organização das provas. No caso de uso de gráficas externas, a plataforma permite criar logins específicos que restringem o acesso apenas às informações necessárias para a impressão das avaliações. 


    Após a aplicação, a devolução dos cartões de resposta é facilitada por um software de leitura automática. Esse recurso monitora ativamente as pastas da rede onde as provas são armazenadas, importando os dados diretamente para o sistema e permitindo auditorias para corrigir eventuais erros.

    Gestão de avaliações online 


    Para avaliações online, o parâmetro de ensalamento não é obrigatório — a menos que as provas sejam realizadas em laboratórios nas dependências da instituição. A Plataforma de Avaliações também oferece ferramentas para agendamento das avaliações, permitindo que coordenadores e gráficas acompanhem a quantidade de provas e as datas de aplicação pelo calendário integrado.

    Impacto na experiência dos alunos e na reputação da instituição 


    A forma como as avaliações são conduzidas impacta diretamente a experiência dos estudantes e a reputação da IES. Quando há equidade, transparência e rigor acadêmico, os resultados são positivos para todos. 


    Raphaela Novaes destaca que, independentemente da modalidade, é fundamental que o processo não se limite à simples medição do conhecimento adquirido. “O cenário educacional está mudando rapidamente, e a capacidade de aprender a aprender tornou-se fundamental. Avaliações que contemplam não apenas o domínio do conteúdo, mas também habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas e adaptação a novas situações, são mais alinhadas com as demandas do século XXI”, afirma. 

     

    Segundo ela, métodos como avaliações formativas, portfólios e avaliações adaptativas ajudam a captar essa dimensão do aprendizado, permitindo que os alunos enxerguem a avaliação como parte do processo de desenvolvimento, e não apenas como um julgamento final. “Rubricas de avaliação e autoavaliação, entre outras ferramentas, também podem ajudar nesse contexto”, diz a coordenadora. 

    Para Weiland, equipar-se com ferramentas precisas e confiáveis para a avaliação também significa dar ao estudante tempo para se concentrar apenas em realizar o teste, sem se preocupar com dificuldades técnicas que possam impedir seu desenvolvimento. “Com o tempo, os resultados precisam ser percebidos em termos de qualidade, pois devem levar a ações focadas na melhoria contínua do currículo, das práticas em sala de aula e no desempenho individual dos alunos.” 


    Para os estudantes, um processo avaliativo bem-sucedido gera: 


    Maior confiança: quando percebem que estão sendo avaliados com base em critérios justos e coerentes, os alunos passam a confiar mais na IES; 
    Mais engajamento:
    uma avaliação que adote critérios claros e ofereça feedbacks estruturados motiva os estudantes, incentivando-os a continuar aprendendo; 
    Desenvolvimento de competências:
    avaliações bem elaboradas estimulam habilidades analíticas, críticas e argumentativas; 
    Redução da ansiedade:
    um processo transparente reduz a incerteza e o estresse associados às provas. 


    Já para as instituições, o impacto se reflete na reputação de diferentes formas: 


    Credibilidade acadêmica: um processo avaliativo justo e bem-estruturado tem reflexos na qualidade no ensino, valorizando o diploma; 
    Reconhecimento no mercado:
    empresas e empregadores confiam mais em instituições que aplicam avaliações rigorosas e coerentes; 
    Retenção e captação de alunos:
    um sistema de avaliação confiável melhora a percepção da IES e atrai novos estudantes, além de reter os que tiveram uma experiência positiva; 
    Melhores resultados em rankings:
    exames como o Enade utilizam critérios rigorosos, impactando a posição da IES no cenário educacional. 


    O futuro do processo avaliativo 


    Nos últimos anos, o processo avaliativo vem passando por grandes mudanças, impulsionadas por novas tecnologias e metodologias pedagógicas. 


    Nesse contexto, destacam-se a avaliação adaptativa, que ajusta o nível de dificuldade das questões com base nas respostas dos alunos, proporcionando uma experiência mais personalizada, e a Teoria de Resposta ao Item, que permite uma avaliação mais precisa das competências individuais. 


    Já o uso de análises preditivas vem ajudando educadores e instituições a antecipar dificuldades e a intervir de forma mais eficaz, melhorando a aprendizagem e a retenção de conhecimento. 


    Como o processo educacional está sempre em evolução, a probabilidade é de que essas abordagens se intensifiquem, evidenciando ainda mais a importância das plataformas de gerenciamento. 


    Para Raphaela Novaes, o futuro da avaliação acadêmica será profundamente impactado por três grandes tendências: o desenvolvimento de competências (“e não só a transmissão de conteúdos”), a personalização da aprendizagem em escala (“possibilitada pela tecnologia”) e “a tão falada e temida” inteligência artificial


    Tendências e inovações do processo avaliativo, segundo Raphaela Novaes 


    Desenvolvimento de competências 

     

    A avaliação do desenvolvimento de competências deve ganhar cada vez mais força, considerando a pressão do mercado de trabalho por profissionais que demonstrem seus conhecimentos na prática e possuam, além de habilidades técnicas, habilidades comportamentais. Nesse sentido, a dica é o uso de rubricas no processo de avaliação, microcertificações, laboratórios virtuais como item avaliativo e o desenvolvimento de portfólios e projetos.   

     

    Personalização da aprendizagem 

     

    Há muito tempo se fala em personalização da aprendizagem, mas pouco conseguimos avançar nesse sentido, justamente por esbarrar na limitação de avaliações engessadas. Com o avanço das tecnologias e da inteligência artificial, já é possível prever trilhas adaptativas que se conectem com avaliações também adaptadas, de maneira escalável. Avaliações que preveem nível de dificuldade de acordo com o desempenho do estudante, diagnósticos mais precisos com base no comportamento dele na plataforma, entre outras possibilidades de adaptação da avaliação para garantir a aprendizagem, ainda irão surgir. 

     

    Inteligência artificial 

     

    Obviamente, a inteligência artificial também terá um papel crucial nesse processo, indo muito além da correção de avaliações, que é o caminho mais comum atualmente. Com ferramentas de IA generativa, as avaliações podem ser mais dinâmicas e interativas, indo além de provas escritas e permitindo a análise de habilidades como pensamento crítico e resolução de problemas.


    (...)


    De modo geral, a educadora enxerga um futuro no qual a avaliação acadêmica será mais flexível, contínua e integrada ao processo de aprendizagem, em vez de ser apenas um momento isolado de teste. “Isso exige mudanças na mentalidade das instituições e dos educadores, mas abre caminho para um ensino superior mais alinhado às necessidades dos estudantes e da sociedade”, acredita.

    Por Redação

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